Ex-Ministra da Defesa elogia
neutralidade de militares guineenses na actual crise política
Bissau, 17 Ago 15 (ANG)-
A ex-Ministra da Defesa Nacional disse
que o actual “comportamento de neutralidade” de militares face a crise política
no país, no respeito à Constituição da República, “deve servir de exemplo aos
políticos guineenses” .
Cadi
Seidi que falava hoje, em Bissau, no acto de abertura da conferência sobre a
relação Civil-Militar, afirma que o futuro da Guiné-Bissau depende dos seus
filhos. Por isso, alerta que os desafios com que se depara o país, só serão
vencidos com o diálogo “franco” e a união “pela causa nacional”, onde se deve
trabalha sem “sentimentos negativos, como ódio e vigança que possam travar o
país”.
Sobre
a relação civil-militar, a antiga governante disse que a mesma tem melhorado
“considerávelmente”, fruto de várias conferências realizadas, depois do
conflito político-militar de 1998, sobre a temática.
Parafraseando
várias vezes Amilcar Cabral, no que tange ao papel das forças da defesa, Cadi
Seidi lembrou aos militares do seu papel constitucional de “servir o povo. E agradece ao governo dos Estados Unidos de
América pelos apoios dados à Guiné-Bissau
e em particular, ao sector de Defesa e Segurança.
Por
sua vez, Gregory Garland, o Encarregado para os Assuntos Políticos da Embaixada
dos Estados Unidos de América para a Guiné-Bissau, com sede em Dakar, Senegal, manifestou
a abertura do seu país em continuar a
apoiar as autoridades de Bissau e considerou de essencial para a democracia, a
submissão dos militares ao poder civil.
Com a assistência de um perito norte americano
e durante cinco dias, os conferencistas
irão abordar temas como, Papéis e Missões das Forças Armadas e Melhores
Práticas nas relações Civil-militar.
Durante
a sua intervenção, o Presidente do Instituto da Defesa Nacional, Terêncio
Mendes também assegurou que nos ultimos
anos a relação civil-militar conheceu progressos notáveis.
Contudo,
chamou a atenção para se fazer mais com vista a “submissão incondicional e
induscutível das forças da defesa e
segurança ao poder legalmente instituido,” de acordo com a Constituição da
República.
O
Instituto de Defesa Nacional (IDN) é uma estrutura sob tutela do Ministério da Defesa guineense, cuja
missão é de servir de elo de ligação entre o governo, as Forças de Defesa e
Segurança e a Sociedade Civil, no debate das questões de vida nacional.
Nesta
conferência participam sessenta personalidades de didefrentes instituições
civis, paramilitares e militares e,
é financiada pelos Estados Unidos de
América, através do seu Centro de Relações Civil-Militar de monterey no Estado
de Califórnia.
ANG/QC/SG
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