Crise Política
Primeiro-Ministro pede tranquilidade e paz no país
Bissau,11
Ago 15(ANG) – O
primeiro-ministro guineense, Domingos Simões Pereira, pediu esta
segunda-feira tranquilidade e paz no país para que o Governo possa
promover um verdadeiro desenvolvimento.
Primeiro-Ministro Domingos Simões Pereira |
Num encontro com os chefes
tradicionais, Domingos Simões Pereira disse não ter nenhum problema com o chefe
de Estado ou com qualquer outro detentor de órgão de soberania do país, pelo
que, da sua parte, diz não perceber o que se passa.
“Sinceramente, não sei o que
se passa. Eu não tenho nada com ninguém, mas estou disposto a dialogar para
fazer o país sair do impasse em que se encontra”, afirmou Domingos Simões
Pereira.
Expressando-se em crioulo,
Simões Pereira disse estar disponível para ser julgado “pelo povo” que o
elegeu, mas dentro de quatro anos, quando terminar a actual legislatura, pelo
que, pretende continuar a trabalhar.
“Peço-vos que me dêem a paz
e a tranquilidade e eu dou-vos o verdadeiro desenvolvimento”, defendeu Simões
Pereira, sublinhando não ter tido “tempo e cabeça” para fazer mais nada nos
últimos três meses que não seja “gerir problemas”.
Os chefes tradicionais
pediram ao primeiro-ministro que tenha “coragem e piedade da população” que
almeja por mais realizações do seu Governo.
Os chefes tradicionais não
atribuíram razão ou culpa no diferendo que opõe o primeiro-ministro ao Presidente
guineense, José Mário Vaz, mas a ambos pediram que haja “entendimento e
tolerância” para que o país volte à calma.
Prometeram ainda levar a
mesma preocupação ao líder do parlamento, Cipriano Cassamá, e ao chefe de
Estado.
“O verdadeiro poder de
representação do povo está nas nossas mãos, porque nós não somos eleitos, nem
seremos exonerados, senão por obra de Deus, com a nossa morte”, observou José
Saico Embaló, régulo de Gabú, no leste do país.
ANG/Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário