Seis países árabes cortam relações com o Qatar
Bissau, 06 Jun 17
(ANG) - Seis países árabes, Arábia Saudita, Bahrein, Líbia, Iémen, Egipto e
Emirados Árabes Unidos anunciaram ontem o corte das relações diplomáticas com o
Governo do Qatar por considerarem que Doha “desestabiliza a região e patrocina
grupos terroristas.”
A
Arábia Saudita, o Bahrein, a Líbia, o Iémen, o Egipto e os Emirados Árabes
Unidos anunciaram o encerramento de fronteiras terrestres e aéreas e deram 48
horas para que os diplomatas do país deixem as seis nações. Os turistas
provenientes do Qatar têm até duas semanas para deixar os territórios.A Arábia Saudita acusa as tropas do Qatar de actuarem no conflito do Iémen e de “apoiar e proteger numerosos grupos terroristas que minam a estabilidade da região, como a Irmandade Muçulmana, o Estado Islâmico e a Al-Qaeda” e o Bahrein acusa o Governo de Doha de “apoiar as actividades terroristas armadas e com financiamentos ligados a grupos iranianos”.
A Arábia Saudita impede a partir de hoje que os aviões do Qatar atravessem o seu espaço aéreo e aterrem no reino, informou a Autoridade Geral de Aviação Civil da monarquia saudita após o anúncio da ruptura das relações entre os dois países.
A comissão que decidiu esta medida proibiu todas as companhias aéreas comerciais e privadas registadas na Arábia Saudita de realizarem viagens directas ou com escalas para o Qatar.
Entre os primeiros afectados desse “isolamento” estão os voos da companhia aérea Qatar Airways, que já teve dezenas deles afectados.
A companhia aérea Qatar Airways suspendeu todos os voos para a Arábia Saudita até às 23h59 GMT de hoje (24h59 de Luanda), informou uma fonte da companhia à Agência Efe, que, no entanto, confirmou que as descolagens marcadas para amanhã continuam programadas. Contudo, a companhia afirmou que envia nas próximas horas um comunicado para actualizar essa informação.
Outras companhias aéreas, como a Gulf Air (Bahrein) e a Etihad Airways (EAU), já cancelaram todos os seus voos para o Qatar desde a manhã de ontem.
O Qatar só tem fronteira terrestre com a Arábia Saudita e este país decidiu fechá-la, enquanto as demais nações que aderiram à decisão do reino sunita determinaram a retirada das suas missões diplomáticas em Doha.
Num comunicado, o Ministério
das Relações Exteriores do Qatar informou que “lamenta” a decisão
“injustificada” por parte de alguns países árabes de interromper as relações
diplomáticas e sublinha que a medida “não tem base de facto”.
O Qatar alega
estar a ser vítima de uma campanha que visa enfraquecê-lo, negando que esteja a
interferir em assuntos de outros países. “A campanha de incitação baseia-se em
mentiras que chegaram ao nível da maquinação total”, reforça o documento.
ANG/JA
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