quinta-feira, 8 de junho de 2017

Inglaterra



Britânicos elegem deputados

Bissau, 08 Jun 17 (ANG) -Os eleitores britânicos votam para escolher os deputados e definir quem governa nos próximos cinco anos, uma votação que está a ser vista com grande expectativa quando o país deve iniciar as negociações com Bruxelas sobre o processo de separação da União Europeia, no quadro do “brexit”.

Foto Arquivo
Os principais protagonistas dessas eleições legislativas antecipadas são o Partido Conservador, liderado pela primeira-ministra, Thesesa May, e o Partido Trabalhista de Geremy Corbin, na oposição.

Após uma intensa campanha centrada na questão do “brexit”, além do dilema dos ataques terroristas dos últimos meses, os britânicos devem decidir se reforçam a maioria parlamentar do Partido Conservador, como pediu a primeira-ministra, Theresa May, ao convocar as eleições, ou se dão um voto de confiança às políticas dos trabalhistas.

Durante a sua campanha, Theresa May reafirmou que a eleição é de “interesse nacional” e que era a única forma de garantir certeza e estabilidade para levar adiante o processo do “brexit” - a saída do Reino Unido da União Europeia (UE).

Numa primeira fase, após ter resistido em chegar à conclusão de que o voto seria necessário, May disse ter mudado de ideia ao convencer-se de que “a única forma de garantir a segurança nos próximos anos era realizar eleições.”

Ela disse que o Reino Unido precisa de segurança, estabilidade e de uma firme liderança neste processo. A chefe do Governo britânico chegou a acusar os outros partidos políticos de “jogarem” com a situação do país e disse que isso representava um risco ao sucesso do “brexit”, além de gerar incerteza e instabilidade.

“Precisamos de eleições gerais e precisamos de uma agora. Temos agora uma possibilidade única de fazer isso”, disse numa das suas intervenções, em Abril.

O Partido Trabalhista parte para estas eleições com 330 deputados, quatro acima dos 326 de que precisa para a maioria absoluta na Câmara dos Comuns de 650 assentos. 

Mas a maioria real é de 17, se forem excluídos os Speaker e os três adjuntos (cargos correspondentes ao presidente da Assembleia da República e vice-presidentes) e os quatro deputados do Sinn Fein, que não tomam lugar por recusarem vassalagem à Rainha Isabel II.
Até agora, tem sido suficiente para aprovar algumas das suas políticas, mas é escassa para avançar com certas reformas, Ou seja, para Theresa May conquistar a liderança “forte e estável” de que reivindica para governar e negociar o “brexit”, a vantagem terá de ser significativamente maior.

Os trabalhistas querem contrariar as sondagens que dão vantagem ao Partido Conservador, da primeira-ministra Theresa May e apostam num “’brexit’ menos radical” e mais aberto à Europa, numa fórmula para convencer os eleitores.

ANG/JA



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