Justiça/Luis Vaz Martins responsabiliza Presidente Sissoco pela
tentativa de o assassinar
Bissau,06
Ago 21(ANG) - O ativista de direitos humanos e advogado Luís Vaz Martins acusou
quinta-feira o Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló,
de ser o responsável pela tentativa de assassínio de que foi alvo no sábado.Imagem de Arquivo
"Eu já o disse
publicamente e volto aqui a dizer. O responsável número um daquilo que me
aconteceu chama-se Umaro Sissoco Embaló e repito, Umaro Sissoco Embaló",
afirmou o ativista e analista político, que foi alvo de uma tentativa de
assassínio no sábado depois de ter participado num debate na rádio, em Bissau.
O jurista falava aos jornalistas
depois de ter sido ouvido pela Comissão Especializada da Assembleia Nacional
Popular para a área da Defesa e Segurança, que está a recolher informações
sobre a tentativa de assassinato do jurista.
Luís Vaz Martins escusou-se
a avançar com mais pormenores sobre a acusação feita ao chefe de Estado
guineense, mas frisou que foi chamado pela comissão especializada para os
informar sobre o sucedido.
"As autoridades que têm
por obrigação garantir a segurança dos cidadãos não fizeram nada, para além da Polícia
Judiciária que mandou os seus peritos para fazer o levantamento sobre a
situação ", assegurou.
O advogado foi vítima de uma
tentativa de assassinio no sábado quando
uma viatura de matrícula estrangeira se embateu, por três vezes, contra a
viatura em que seguia Luiz Vaz Martins, e este diz que a intenção era provocar
um dispeste da sua viatura.
O presidente da Comissão
Especializada da Assembleia Nacional Popular para a área da Defesa e Segurança,
o deputado José Carlos Macedo Monteiro, disse que ouviram o advogado e vão
prosseguir com a audição das autoridades responsáveis pela questão da segurança
do país.
"Queremos lamentar o
sucedido, porque estamos num país que aceitou seguir o caminho da democracia e,
em que cada cidadão tem a sua liberdade. Por isso, ninguém pode ser impedido de
dar a sua contribuição ou a sua opinião para o bem-estar do país", disse
Macedo.ANG/LUSA
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