Costa do Marfim/ OMS descarta presença do vírus Ébola
As novas análises
incidiram em amostras colhidas de uma jovem da Guiné-Conakry apresentadas pelas
autoridades da Côte d'Ivoire como estando infectada, desde meados de
Agosto, adianta a agência noticiosa AFP.
"Com os novos
resultados obtidos pelo laboratório de Lyon, a OMS estima que a paciente não
tinha a doença do vírus Ébola e novas análises sobre a causa da doença estão em
andamento", refere um comunicado da OMS divulgado na noite de terça-feira.
Desde que a Côte
d’Ivoire anunciou a detecção do caso, em 14 de Agosto, numa guineense de 18
anos que chegou a Abidjan por estrada a partir do seu país, após uma viagem de
1.500 quilómetros, mais de 140 contactos pessoais foram investigados nos dois
países, não tendo nenhuma outra pessoa apresentado sintomas da doença, nem
revelado teste positivo para Ébola, diz a OMS.
Assim, a OMS
"está agora a reduzir as suas intervenções na Côte d’Ivoire, do nível de
resposta ao de estado de alerta".
O ministro da Saúde
da Costa do Marfim, Pierre Dimba, declarou hoje (quarta-feira), em comunicado,
que as análises foram realizadas pelo "laboratório Bio-Mérieux em
Lyon", ligado ao Instituto Pasteur desde 2010 para pesquisas.
"Os resultados
deram negativos, pelo que o governo decidiu classificar a paciente guineense
como não sendo um caso de doença do vírus Ébola, o que retira, deste modo, a
Côte d’Ivoire da lista de países com vírus Ébola.
"Esta situação
permitiu ao nosso país testar o seu sistema nacional de preparação e resposta a
uma epidemia", acrescentou Dimba.
Dez dias após o
anúncio do caso apresentado como sendo o vírus Ébola, na sequência de análises
do Instituto Pasteur de Abidjan, o Ministério da Saúde da Costa do Marfim
anunciou que a jovem estava "curada".
Esta descoberta foi
apresentada como o primeiro caso confirmado de Ébola na Côte d’Ivoire desde
1994, neste país vizinho da Guiné, que foi duramente atingido de 2013 a 2016 e
onde o vírus reapareceu em 2021.
As autoridades de
saúde da Côte d’Ivoire receberam 5.000 doses de vacinas contra o Ébola e
iniciaram uma campanha de vacinação em 17 de Agosto para os grupos-alvo, tendo
a equipa de enfermagem estado em contacto directo com o paciente e as forças de
segurança destacadas na fronteira com a Guiné.
Esta descoberta foi
apresentada como o primeiro caso confirmado de Ébola na Côte d’Ivoire desde
1994, neste país vizinho da Guiné, que foi duramente atingido de 2013 a 2016 e
onde o vírus reapareceu em 2021.
As autoridades de
saúde da Costa do Marfim receberam 5.000 doses de vacinas contra o Ébola e
iniciaram uma campanha de vacinação em 17 de Agosto para os grupos-alvo, a
equipe de enfermagem que estava em contacto imediato com o paciente e as forças
de segurança destacadas na fronteira com a Guiné-Conakry.
Os parentes e
vizinhos da jovem do distrito de Abidjan, onde a guineense residiu por um breve
período de tempo após sua chegada, também foram vacinados, assim como aqueles
que tiveram contacto directo com ela durante a sua viagem.
A Guiné-Conakry
rapidamente questionou o diagnóstico feito pela Côte d'Ivoire e exigiu novas
análises.
Em resposta, o
Ministério da Saúde da Côte d’Ivoire disse inicialmente não ter
"dúvidas" sobre o diagnóstico.ANG/Angop
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