terça-feira, 19 de novembro de 2013

Amnistia aos militares


Guineenses se divergem quanto a proposta em análise na Assembleia Nacional Popular

Bissau, 19 Nov 13 (ANG) - Os cidadãos guineenses se divergem quanto ao projecto lei que visa amnistiar os autores do golpe de 12 de Abril de 2012, mais uma vez submetida à ANP para discussão e eventual aprovação.

Ouvidos hoje pela Agência Notícias da Guiné (ANG) uns defendem a punição exemplar dos autores, enquanto que outros defendem a absolvição dos mesmos mediante o compromisso de não voltar a praticar idênticos actos. Outros ainda há que defendem o perdão dos implicados.

Por exemplo, Verónica Malú Bacurim, cidadã comum é de opinião de que os autores desse acto sevem ser  levados a justiça como forma de desencorajar casos semelhantes no futuro, e “que tanto prejudicou a sociedade guineense e o país”. 

As suas palavras foram corroboradas por Titina Mendes que recordou que em 2008 a ANP havia adoptado uma lei idêntica para os actos de violência ocorridos no país desde os anos 80 àquela altura, mas que nada mudou.

“Em menos de quatro ano depois de sua aprovação ocorreu mais um golpe de Estado. E, se continuar assim o país nunca irá desenvolver-se”, admitiu Mendes.
 Augusto José Lopes Crato disse que os autores do golpe de 12 de Abril e os seus colaboradores devem ser perdoados

Lopes Crato justifica a sua opinião dizendo que não acredita na ocorrência de mais um golpe de Estado no país. 

“Este é o último golpe de Estado que aconteceu na Guiné-Bissau”, disse. Digo isso, tendo em conta a presença massiva de jovens integrantes das Forças Armadas, com ideias clara sobre a missão que cabe aos militares, concretamente de defesa da integridade territorial da Guiné-Bissau” explicou Augusto  Crato.

Por sua vez  Mussolínio Vieira Có afirmou que é necessário saber quem são os autores para depois fazer uma análise exaustiva sobre o acto , antes de se avançar para a  amnistia.

“Quero dizer que  os supostos autores de 12 de Abril devem ser perdoados mediante um compromisso de que não acontecerá mais um acto semelhante à do 12 de Abril de 2012. 

ANG/LPG /SG


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