Ministério das Finanças nega que militares participam nas cobranças
Bissau,
13 Nov.13 (ANG) – O Ministério das Finanças refutou as informações postas a circular
segundo as quais o Estado-maior General das Forças Armadas teria colocado
militares junto das instituições ou fontes das receitas para procederem à
cobranças.
A
nota do Gabinete do Ministro das Finanças, endereçada à Directora das Operações
do Banco Mundial para a Guiné-Bissau, Sra. Vera Songwe, a que a Agência de Notícias da Guiné (ANG) teve
acesso, explica que, os agentes fardados que acompanham o processo de recolha
de receitas, pertencem a Brigada de Acção Fiscal da Guarda Nacional e estão
devidamente credenciados pelo Ministério das Finanças para acompanhar o
processo de cobrança das receitas.
“Em
nenhum momento os agentes envolvidos nestas operações têm contacto directo com
os dinheiros cobrados ou outros meios de pagamento e muito menos se ocupam da
sua guarda. As receitas continuam a ser recolhidas e arrecadadas pelo Tesouro
Público, e no caso de receitas aduaneiras através da ECOBANK, nos termos do
acordo para efeito assinado”, esclareceu.
O
Gabinete do Ministro das Finanças, afirma que a Brigada de Acção Fiscal da
Guarda-fiscal é uma estrutura paramilitar que substituiu à Guarda Fiscal,
estando organicamente integrada no Ministério da Defesa, mas funcionalmente
dependente do Ministério das Finanças, através da Direcção Geral das
Alfândegas.
Adiantou
que o actual Coordenador da Brigada de Acção Fiscal na pessoa de Biaguê Nantam
foi Comandante Geral da Guarda-fiscal e nesse quadro beneficiou de várias
formações, sendo a última em Portugal no âmbito da reforma no sector da defesa
e segurança.
A
nota informa ainda que não obstante se tratar de uma situação provisória, visto
que recentemente, o Governo da Guiné-Bissau assinou com a Bissau LINK INSPETION
SERVICES (BLIS), a filial da Gana Link Inspecção Services, um contrato de
prestação de serviços que irá garantir a verificação e controlo das mercadorias
desde a sua origem até ao seu destino (Portos de Bissau), com recurso a um
scanner, o que irá contribuir para o incremento das receitas e o combate à
fraude e evasão fiscal.
Informações
postas a circular em Bissau dão conta de que, por ordem das estruturas
militares, as cobranças de diferentes tipos de taxas que se pagam ao estado
envolvem elementos militares, com o objectivo de impedir que fundos do estado
sejam desviados para fins pessoais.
Por
falta de meios financeiros, o estado está a dever aos seus servidores, e alguns
com dividas de vários meses, tanto de salário como de subsídio. ANG/ÂC/SG
Sem comentários:
Enviar um comentário