Comunicação Social
ANG completa 39 anos de existência
Bissau, 20 Ago 14(ANG) - A
Agência de Notícias da Guiné-Bissau (ANG) completa hoje 39 anos e o
diretor-geral aponta a formação em língua portuguesa para os seus jornalistas
como uma prioridade, referiu à agência Lusa.
Atualmente, a produção da ANG é
"irregular" e distribuída gratuitamente através de um blogue (angnoticias.blogspot.com)
na Internet.
Para além de um reforço de
financiamento estatal, é necessária "formação em Português, porque é a
principal ferramenta do jornalismo", destacou Salvador Gomes.
Segundo referiu, a carência já
foi comunicada ao ministro da Comunicação Social, Agnelo Regalla, a par de
outros problemas como a falta de viaturas, escassez de computadores e
gravadores para reportagem, entre outros recursos para os 13 jornalistas que
ali trabalham, aguardando-se respostas da tutela.
O diretor-geral da agência
estatal estima que sejam necessários 96 mil euros para relançar a ANG, de
acordo com a visão estratégica que apresentou ao ministro da Comunicaçäo
Social, Agnelo Regala
O plano prevê a criação de dois
turnos diários de quatro jornalistas cada, correspondentes nas principais
cidades do país e capacidade para distribuir, no mínimo, um total 24 histórias
por dia através de um serviço pago após um primeiro ano de distribuição
gratuita que serviria "para ganhar credibilidade".
A história da ANG é feita de
"muitas paragens e sobressaltos" com uma guerra civil (1998-99) pelo
meio que destruiu todo o arquivo histórico.
Trata-se de uma instituição que
precisa de ganhar notoriedade, refere Agnella Sá, estagiária na redação da ANG.
"Muitas pessoas desconhecem
o papel fundamental da agência", sublinhou.
Mikail Cabral, jornalista, tem
esperança em que o novo governo, empossado no início de julho, consiga
"mudar alguma coisa" na agência, onde "há recursos
humanos", mas a falta de materiais de trabalho "complica tudo".
Para Queba Coma, outro
jornalista, a melhor prenda que a ANG podia receber neste dia era "o
governo garantir um fundo para o funcionamento da agência, que não tem um
tostão" e onde os trabalhadores recebem salários "que não são
compatíveis com o custo de vida".Lusa
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