Massacre de Pindjiguiti
Primeiro-ministro
anuncia criação de Museu de Resistência
Bissau, 5 Ago 14 (ANG)- O Primeiro-Ministro da Guiné-Bissau anunciou no domingo a criação de um museu de resistência em honra e memoria aos trabalhadores
que perderam a vida durante o massacre de Pindjiguiti, ocorrido a 3 de Agosto de 1959.
Domingos Simões Pereira
que falava aos jornalistas, na cerimónia de comemoração do 55º
aniversário do massacre de Pindjiguiti sob o lema “ para uma justiça laboral
mais célebre e eficiente”, revelou que o
museu de resistência aos trabalhadores que tombaram no massacre de Pindjiguiti será
criado com o intuito de os visitantes
puderem conhecer a história do massacre
de Pindjiguiti.
Por outro lado , o Chefe do
Executivo garantiu que o seu Governo irá
melhorar as condições de trabalho aos funcionários público.
“O aumento do salário na função pública e a reforma do
estado dependem do Governo e da colaboração
de todos. Temos que trabalhar mais, devemos controlar as nossas receitas
internas e acabar com a corrupção”, disse Simões Pereira.
Por sua vez, O Secretário-Geral da União Nacional dos
Trabalhadores da Guiné (UNTG) , Estevão Gomes Co considerou que os sucessivos Governos submeteram os
trabalhadores à uma morte lenta com o não pagamento dos salários incompatíveis
com o nível de vida. Estevão Có adiantou
que essa” é a dura e bárbara realidade laboral do país em
pleno século XXI, século dos direitos dos povos , da globalização e da
tecnologia avançada”.
O Secretário-geral da Confederação Geral dos Sindicatos Independentes
da Guiné-Bissau (CGSI/GB) destacou que esta data simboliza a resistência dos
trabalhadores guineenses durante mais de
55 anos de sofrimento, desespero e de promessa incumpridas do passado, na esperança de um futuro
melhor.
Filomeno Cabral disse
que essa situação é bastante preocupante, razão pela qual “o governo
deve criar melhores condições laborais aos funcionários do estado”.
A cerimónia terminou com a deposição de coroas de flores no
monumento dos mártires de Pindjiguiti.
A data, 3 de Agosto assinala o dia em que, em 1959, um grupo
de marinheiros inconformado com o salario protestou junto do patronato para que
os ordenados fossem aumentados. Os
protestos terminaram com uma repressão policial
que custou a vida a mais de 50 marinheiros do cais de Pindjiguiti ,em
Bissau. ANG/PFC/SG
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