quarta-feira, 6 de agosto de 2014



Tracoma

“Crianças e mulheres são as mais vulneráveis” , diz o Chefe dos serviços da Oftalmologia do HNSM

Bissau 06 AUG. 14- (ANG) – O chefe dos serviços da Oftalmologia do Hospital Nacional Simão Mendes, Meno Nabicassa disse hoje que estudos feitos em 2005 confirmaram que as crianças e mulheres são as mais vulneráveis à doença de vista denominada Tracoma.

Isto porque, acrescenta o médico, vivem sempre juntos e têm a maior prevalência desta doença infecciosa causada pela falta de higiene. 

 Numa entrevista exclusiva á ANG,Nabicassa referiu que a Tracoma é uma doença muito antiga e já cegou muita gente principalmente em África, porque em África há muitos mitos e métodos tradicionais de atacar ou aceitar uma doença.

Adiantando ainda que esta doença é mundial apesar de já não existir em certos pontos do mundo tais como na Europa e na América do Norte.

De acordo com Nabicassa ,  os bichos que transmitem esta enfermidade também conhecida por “doença dos pobres” sempre se  encontram nos lugares com falta de higiene para poder colaborar com outros insectos que são veículos de transmissão do vírus às pessoas.

A principal maneira de apanhar a Tracoma é através das mãos, por exemplo, ao limpar o suor no rosto ou tentar retirar algo da vista com a mão infectada pelo vírus que causa a doença, cujo sintoma normalmente começa com cócegas nos olhos, que mais tarde torna avermelhado.

Segundo Nabicassa até chegar a cegueira o processo pode durar dois, três até cinco anos.
 
“ A Guiné-bissau é um país endémico no que se refere a Tracoma. Chegamos a está conclusão através de um inquérito no ano 2005 em que  percorremos todo o território nacional para medir o nível de infecção do  país em relação a este flagelo. E vimos que estamos num nível muito avançado e a partir destes dados abrimos as frentes com elaboração de estratégias e projectos para reduzir o nível da doença no país” disse Meno Nabicassa.

O Coordenador do Programa Nacional da Saúde da Visão do Ministério da Saúde do Sector Autónomo de Bissau, acrescentou ainda que a prevalência da Tracoma activa na capital Bissau é a maior do país com uma taxa de cerca de 15 por cento o que, segundo ele, é muito alarmante.

Para finalizar, o médico oftalmologista disse que o melhor remédio para esta doença é a prevenção mas quando a pessoa já tem a doença é melhor ir ao hospital para a tratar.

No ano passado foi lançado um projecto especial para a luta contra a Tracoma. Para o efeito um comité foi criado integrando representantes do Ministério de Saúde, da Educação, dos Recursos Naturais e ONGs, assim como pessoas com deficiências  e  Médicos sem Fronteiras.
ANG /MSC/SG
  


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