Tracoma
“Crianças
e mulheres são as mais vulneráveis” , diz o Chefe dos serviços da Oftalmologia
do HNSM
Bissau 06 AUG. 14- (ANG) – O chefe dos serviços da
Oftalmologia do Hospital Nacional Simão Mendes, Meno Nabicassa disse hoje que
estudos feitos em 2005 confirmaram que as crianças e mulheres são as mais
vulneráveis à doença de vista denominada Tracoma.
Isto porque, acrescenta o médico, vivem sempre juntos e
têm a maior prevalência desta doença infecciosa causada pela falta de
higiene.
Numa entrevista exclusiva
á ANG,Nabicassa referiu que a Tracoma é uma doença muito antiga e já cegou
muita gente principalmente em África, porque em África há muitos mitos e
métodos tradicionais de atacar ou aceitar uma doença.
Adiantando ainda que esta doença é mundial apesar de já
não existir em certos pontos do mundo tais como na Europa e na América do Norte.
De acordo com Nabicassa ,
os bichos que transmitem esta enfermidade também conhecida por “doença
dos pobres” sempre se encontram nos
lugares com falta de higiene para poder colaborar com outros insectos que são
veículos de transmissão do vírus às pessoas.
A principal maneira de apanhar a Tracoma é através das
mãos, por exemplo, ao limpar o suor no rosto ou tentar retirar algo da vista
com a mão infectada pelo vírus que causa a doença, cujo sintoma normalmente
começa com cócegas nos olhos, que mais tarde torna avermelhado.
Segundo Nabicassa até chegar a cegueira o processo pode
durar dois, três até cinco anos.
“ A Guiné-bissau é um país endémico no que se refere a Tracoma. Chegamos a está
conclusão através de um inquérito no ano 2005 em que percorremos todo o território nacional para
medir o nível de infecção do país em
relação a este flagelo. E vimos que estamos num nível muito avançado e a partir
destes dados abrimos as frentes com elaboração de estratégias e projectos para
reduzir o nível da doença no país” disse Meno Nabicassa.
O Coordenador do Programa Nacional da Saúde da Visão do
Ministério da Saúde do Sector Autónomo de Bissau, acrescentou ainda que a
prevalência da Tracoma activa na capital Bissau é a maior do país com uma taxa
de cerca de 15 por cento o que, segundo ele, é muito alarmante.
Para finalizar, o médico oftalmologista disse que o
melhor remédio para esta doença é a prevenção mas quando a pessoa já tem a
doença é melhor ir ao hospital para a tratar.
No ano passado foi lançado um projecto especial para a
luta contra a Tracoma. Para o efeito um comité foi criado integrando
representantes do Ministério de Saúde, da Educação, dos Recursos Naturais e
ONGs, assim como pessoas com deficiências e Médicos sem Fronteiras.
ANG /MSC/SG
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