Ministério Público nega que esteja a fazer o serviço da Presidência da República
Bissau, 11 Mar 16 (ANG) - O Ministério Publico reagiu
hoje em comunicado contra as acusações do actual ministro do Comércio e
Artesanato, Vicente Fernandes segundo as quais esta instituição judicial
"está a fazer serviços do Presidente da República".
Sede do Ministério Público |
“Em nenhuma circunstância, o Ministério Público recebe
ordens vindas de quem quer que seja para perseguir outrem ou ao reboque de
alguém como faz querer Vicente Fernandes, e Procurador Geral da República não
teve em momento nenhum, qualquer influência na sua audição”.
a saída dessa audiência,Vicente Fernandes, havia
declarado à imprensa que foi submetido
à uma audição, na qualidade de advogado, no âmbito de um processo de 2005.
Segundo a nota do Ministério Público, "o que
aconteceu é que o Ministério Público, na qualidade de detentor de acção penal,
deu entrada na sua Delegacia junto do Tribunal Regional de Bissau, uma queixa
dos herdeiros da família Oliveira Carvalho contra a família Augusto Quadé,
relativa a disputa de um terreno no Bairro de Belém, em Bissau, onde Vicente
Fernandes executa uma obra.
Assim, de acordo com o Ministério Público, durante as
investigações foram ouvidas sete pessoas, na sua maioria funcionários da Câmara
Municipal de Bissau e o próprio Vicente Fernandes, em relação ao processo, na
qualidade de suspeitos de crime contra propriedade, previsto no ordenamento
jurídico guineense.
Acrescenta a nota, que segundo os documentos da Câmara
Municipal de Bissau e dos funcionários ouvidos pelo Ministério Público, esta
edilidade concedeu, por aforamento em hasta pública, o terreno em causa ao
António Oliveira de Carvalho, desde 1971.
Ainda, segundo o Ministério Público, através de
documentos comprovativos, nomeadamente a Certidão de Óbito, o Augusto Quadé
faleceu em 1992 e, o Vicente Fernandes apresentou uma procuração datada de
2006, em como Quadé lhe cedeu o referido terreno.
Por isso, a Procuradoria Geral da República considera de
estranho o governante, Vicente Fernandes, enquanto advogado da família Quadé,
está a levar a cabo uma obra no mesmo espaço em conflito.
A Vara Crime da Delegacia do Ministério Público junto ao
Tribunal Regional de Bissau assegura que tudo o que foi dito pelo Vicente
Fernandes não corresponde minimamente a verdade.
A Procuradoria Geral de República afirma que não está
preocupado com aquilo que chama de “
gritos de violentos, nem dos corruptos”, mas sim no “silêncio dos bons”.
ANG/QC/SG
Sem comentários:
Enviar um comentário