Partidos
do Espaço de Concertação aguardam "medidas de impacto imediato” contra infractores do Acordo de Conacri
Bissau,
01 Jun 17 (ANG) - Os partidos do Espaço de Concertação esperam que a Cimeira
dos Chefes de Estado e de Governo da Comunidade Económica de Estados da África
Ocidental (CEDEAO), prevista para 04 de Junho corrente em Monróvia(Libéria),
tome medidas claras de impacto imediato para evitar consequências imprevisíveis
na crise guineense.
Esta
posição consta numa carta enviada ao Presidente da Conferência dos Chefes de
Estado e de Governo da CEDEAO Ellen Johnson Sirleaf com objectivo de pedir a implementação
do Acordo de Conakry para solucionar a crise vigente no país.
O
grupo defende que Augusto Olivais é o nome escolhido para cargo de
Primeiro-ministro dos três nomes propostos pelo Presidente da República e que,
portanto, foi confirmado pelo mediador da crise, Alpha Conde e o Presidente da
Comissão da CEDEAO, Marcel de Souza.
No
entanto, o Presidente Vaz nomeou Úmaro Cissokho Embaló, invocando o seu
entendimento do Acordo de Conacri”, lamenta o grupo no documento redigido no passado
30 do mês em curso.
Acrescenta
que os guineenses, que mantêm uma grande esperança na implementação do Acordo
de Conakry, enquanto quadro ideal para a saída definitiva da crise política, estão
estupefactos pela reacção do Presidente da República.
“É
difícil compreender o procedimento do Presidente Vaz, uma vez que foi ele quem solicitou
a mediação da CEDEAO, que assinou o Acordo de Bissau, que remeteu três nomes ao
mediador em Conakry, para a escolha de um Primeiro-ministro de consenso e que
invocou o Acordo de Conakry para demitir o governo dirigido por Baciro Djá, mas
que hoje declara publicamente que não
foi signatário desse acordo”, lê-se na missiva.
Os
partidos do Espaço de Concertação sublinham que a rejeição do Acordo de Conakry
pelo Presidente da República muda completamente os paradigmas do dossier e põe
em causa todas as medidas de acompanhamento do referido acordo subscrito pela
CEDEAO e toda a comunidade internacional.
“É impossível hoje manter o satus quo. As
manifestações pacíficas já reprimidas de forma violenta vão prosseguir e há o risco
de precipitar o país ao caos. A crise persiste em todos os sectores da vida
nacional. As instituições públicas estão bloqueadas. As escolas públicas estão
encerradas há cerca de três semanas devido sa greves sucessivas dos professores
e o ano escolar poderá estar comprometido”, denuncia ainda o grupo.
O
Espaço de concertação reúne os partidos: PAIGC, o Nova Democracia, da
Convergência Democrática, da Unidade Nacional, União para a Mudança, Manifesto
do Povo e o Partido Socialista de Trabalho.
ANG/AALS/JAM/SG
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