Covid-19/Presidente da ACMB acusa Alto Comissariado
de “engavetar” projecto de saneamento do
mercado que a organização lhe submetera
Bissau,06 Set 21(ANG) – O
Presidente da Associação dos Comerciantes do Mercado de Bandim(ACMB), acusou o
Alto Comissariado de luta contra a Covid-19 de
engavetar um projecto, por eles elaborado, visando o saneamento básico
do referido mercado.
Em declarações exclusivas à
ANG, Amadú Seide disse que, tendo em conta a necessidade urgente de saneamento
do Mercado de Bandim, para evitar o contágio dos seus utentes nesse período da
pandemia, elaboraram um projecto de três meses que submeteram ao Alto
Comissariado para Covid-19.
Aquele responsável disse que
depois de apreciar o projecto, o Alto Comissariado deu a sua anuência à inicativa tendo pedido a Associação dos
Comerciantes para alargar o project,o por seis meses, em parceria com a Câmara
Municipal de Bissau.
“Foi nesse sentido que
envolvemos a Câmara Municipal de Bissau nesse projecto, inclusive já tínhamos
discutido todos os detalhes para o início das actividades, dentre as quais, a
contratação das pessoas que irão realizar a campanha de sensibilização dos utentes
do Mercado sobre a prevenção contra a Covid-19”, disse.
Amadu Seide sublinhou que,
infelizmente, a Alta Comissária limitou-se a “engavetar” o projecto por razões
desconhecidas, não obstante diversos contactos que a ACMB manteve com ela.
Perguntado sobre em que
consiste o referido projecto, o Presidente da ACMB, explicou que tinha como
objectivo, para além de sensiblização dos utentes em matéria de prevenção
contra a Covid-19, iriam ser colocados os baiões de alcogel para lavagens de
mãos, em diferentes pontos de entrada do mercado e colocação de equipas que
irão obrigar as pessoas a usarem as máscaras.
“A direcção da Associação
dos Comerciantes do Mercado de Bandim decidou eleborar o referido projecto,
tendo em conta a vulnerabilidade dos associados, que aglomeram em número
superior a vinte mil pessoas, por dia no
mercado, e por isso achamos que era fundamental precaver para evitar contágios que
daí possam resultar”, afirmou.
Instado a dizer sobre os
prejuízos dos seus associados provocados pelas medidas restritivas constantes
no último decreto do estado de calamidade,
Amadu Seide disse que sofreram
enormes danos.
“Normalmente, o decreto
determina que os mercados abrem às 5
horas da manhã e fechar as 15 horas, mas na realidade abrimos às 9 horas e somos
obrigados a fechar as 14H59 horas,assim ninguém consegue ganhar nada a não ser registar
prejuízos”, salientou.
Reiterou que nunca podiam concordar com as medidas constantes no último decreto,
acrescentando que previam o encerramento
do mercado nos fins de semana para a sua desinfecção,o que na realidade não veio a acontecer, mas que o
Governo continuu a cobrar todas as taxas.
Amadú Seide pede as
autoridades competentes para que, no futuro, passassem a consultar a Associação
dos Comerciantes antes de tomar medidas
que mexem com a vida dos associados. ANG/ÂC//SG
Na verdade este último decreto é prejudicial para a vida cotidiana dos comerciantes e população em geral por isso reforço os apelos para que as autoridades competentes pensam em como retificar os pontos que está mexendo de forma negativa com a vida da população que as colocou no poder
ResponderEliminarObrigado presidente da ACMB Exmo: senhor Amadu Seide