Novo DG promete mais projectos de emprego e crescimento económico
Bissau, 08 Abril 15 (ANG)-A Direcção-geral da Pesca
Artesanal, no quadro do “Projecto Rias do Sul” financiado pelo IBAP, vai, este
ano, apoiar financeiramente à 1500 mulheres para uma
melhor conservação do pescado através de fumagem.
Esta garantia foi dada hoje pelo novo titular desta Direcção-geral, Carlos
Nelson Sanó, em entrevista exclusiva à ANG sobre as acções prioritárias deste
subsector público das pescas, para os próximos tempos.
Este responsável que enaltece o papel deste subsector
dentro do ramo pesqueiro, afirma que o país tem condições para a “regeneração”
dos seus recursos haliêuticos, mas adverte que se “exige um trabalho de boa
gestão” para que se possa garantir a “perenidade” dos mesmos.
Este responsável destacou o acordo com o Fundo das Nações
Unidades para Agricultura (FAO) através do qual se lançou o projecto de apoio
as mulheres ligadas à pesca artesanal, que tornou possível a conservação e comercialização do pescado em melhores
condições.
Segundo Sanó, o referido projecto encerrou as suas
actividades em Março ultimo mas a na sua
avaliação chegou-se a conclusão de que
teve um impacto positivo na vida dos
beneficiários.
Por isso, acrescenta, a FAO esta disposto a estender esse projecto
para outras partes do território nacional.
No quadro do
referido projecto, as mulheres das
regiões de Biombo e Cacheu receberam nomeadamente, arcas solares para
conservação do pescado, que segundo Nelson Sano representa uma inovação, em termos de conservação e na
produção da chamada “energia limpa”.
Também, segundo ele, com o propósito de evitar
nomeadamente, a “devastação do mangal para lenha” e, ainda no âmbito deste
projecto, as mulheres das diferentes povoações destas duas regiões,
beneficiaram de fornos melhorados a carvão para a fumagem de peixe.
“Estes fornos funcionam com pouca quantidade de
carvão, fumando grande quantidade de peixe para a sua comercialização”,
explicou, para acrescentar que antes, as mesmas receberam formações avançadas
de conservação e transformação do pescado, através de um perito internacional contratado
pelo FAO para o efeito.
Para além das mulheres, Nelson Sanó disse igualmente,
que “os próprios pescadores” destas zonas receberam treinamentos, no domínio da
segurança da navegação marítima, técnicas de pesca, assim como os materiais de
actividade pesqueira e de segurança de navegação.
De acordo com as estatísticas do país, os sectores das pescas e
de cajú ocupam oitenta por cento do total da exportação da Guiné-Bissau, sendo
a União Europeia a principal parceira no domínio pesqueiro.
ANG/QC/SG
Sem comentários:
Enviar um comentário