sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Carência de peixe no mercado


ACOBES pede criação da Comissão Ad-Hoc para seguir distribuição e venda

Bissau, 23 Set. 16 (ANG) – O Presidente da Associação do Consumidor de Bens e Serviços (ACOBES) voltou a pedir a instituição de uma Comissão Ad-Hoc para acompanhar a distribuição e venda do pescado, com o objetivo de estancar a especulação de preços.

Fodé Caramba Sanhá, em entrevista exclusiva à ANG, disse que, no passado dia 23 de Agosto, entregaram uma proposta ao Governo mostrando a urgência de criar a referida Comissão “Ad-Hoc” para que seja assegurado o abastecimento dos diferentes mercados do país.

Disse que propuseram para que a Comissão seja integrada por elementos da Acobes, Ministério das Pescas, do Interior, da Administração Territorial, do Comércio, da Justiça, Saúde e Câmara do Comércio.

“É do conhecimento de todos que estava retido na Câmara frigorífica do Projeto de Pesca Industrial de Alto Bandim, uma certa quantidade de pescado. Por culpa de um grupo de indivíduos que só pensam nos seus interesses particulares, parte dos referidos pescados se estragou enquanto que a outra desapareceu ”, disse.

O Presidente da Acobes acusa o grupo de ter desviado peixes e de ter enganado a todos de que estaria a abastecer o mercado com peixes num preço acessível.

Caramba Sanhá sugere que, para fazer face à esta situação de falta de  peixe para consumo nos mercados, sejam instalados contentore
s  de venda de pescado em diferentes artérias da cidade, e inspecionados pelo pessoal das pescas, Acobes, Serviços de Veterinária, Polícia Judiciária e o serviço de Nutrição e Sobrevivência.

 “Foi criada recentemente uma Comissão de Descarga e Venda de pescados, e se havia a vontade podia-se incluir a ACOBES, Câmara de Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços para acompanharem os trabalhos, o que não foi o caso e cerca de 200 toneladas de peixe desapareceram sem chegar aos mercados.

Aquele responsável acrescentou que aconteceu um outro episódio, em que um barco carregado de peixe atracou no país e o atual ministro das Pescas afirmou que vai distribuir o pescado que tinha o navio aos mercados, para colmatar a carência junto das populações e segundo orientação do Governo, mas que nada disso aconteceu.

O presidente da Acobes critica que as pessoas querem ganhar sem trabalhar, acrescentando que as cadeias intermediárias que dispõe de câmaras frigoríficas para o abastecimento de pescados nos diferentes mercados, são um dos responsáveis pela subida de preço do peixe no mercado.

Avisa que, se a carência de peixe não for ultrapassado, a Acobes não descarta a possibilidade de recorrer as instâncias regionais e internacionais de justiça tendo em conta que é membro da Rede dos Consumidores da CEDEAO e da Plataforma de Comunidade da Língua Oficial Portuguesa, no quadro da defesa dos consumidores. 

ANG/MSC/SG







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