Sindicatos dizem que não há sinal de que o
presente ano lectivo vai ter sucesso
Bissau,20 Set 16 (ANG) – Os
dois sindicatos do sector da educação, SINAPROF e SINDEPROF consideram que o
ano lectivo 2015/2016 acabou sem alegrar aos pais e encarregados de educação
devido as greves observadas pelos professores no decurso do ano.
As considerações dos dois sindicatos do sector foram
reveladas segunda-feira por Armando Vaz, que na cerimónia de abertura do ano lectivo 2016/2017, representou a classe sindical
dos docentes.
Armando Vaz reconhece que o ensino é um dos factores
fundamentais para desenvolvimento socio cultural e económico de qualquer país,
mas disse que, se não houver uma atenção para o sector do ensino, a Guiné-Bissau
não poderá avançar de nenhuma forma.
“Estamos na abertura do ano escolar com uma certa dúvida
e muitas situações no sector. Lembramos que o ano lectivo 2015/2016 foi
concluído graças a intervenção de pais e encarregados de educação, organizações da sociedade civil guineense e da
comunidade internacional que pediram aos sindicatos para suspenderam a greve , para de seguida se
resolver algumas questões que iriam permitir que o novo ano escolar iniciasse
sem qualquer perturbações. Na verdade, não há vontade política da parte do
governo”, disse .
Vaz referiu que os
dois sindicatos entregaram há muito tempo ao executivo o caderno reivindicativo
para que possa fazer uma análise da situação, a fim de proporcionar o início do
ano lectivo em boas condições.
“Pelos vistos não há um sinal de que este ano vai ter sucesso”,
declarou.
Disse que um dos pontos que constam no referido caderno
reivindicativa já entregue tem a ver com a implementação da Carreira Docente que foi aprovada e promulgada pelo
Presidente da Republica há cinco anos mas que
não esta a ser cumprida.
Afirma que a vontade dos sindicatos é de fazer com que o
ano lectivo tenha sucesso e que haja tranquilidade no sector do ensino.
Por seu lado, o Presidente da Confederação Nacional das
Associações Estudantis da Guiné-Bissau (CONAEGUIB), Fidel Biombo Cá exortou ao
governo à trabalhar no sentido de criar as condições necessárias para a
melhoria da qualidade do ensino, para que os jovens possam responder,
de forma satisfatória, as exigências que a globalização impõe, e consequentemente enfrentar, com capacidade,
as exigências do mercado comum.
Para que estas exigências sejam respondidas, segundo
Fidel Cá é preciso proporcionar um ambiente de tranquilidade ao sistema
educativo, isto é evitar as greves ou paralisações que comprometem o
cumprimento integral do programa escolar.
Cá exortou igualmente a colaboração dos Sindicatos e
Associação dos pais e encarregados de educação no sentido de trabalharem, em
conjunto, para o bem das crianças e jovens em geral.
Fidel Cá disse que só assim é que se pode ter daqui há mais
anos uma Guiné-Bissau que todos querem, partindo do princípio de que nenhum
pais no Mundo pode desenvolver sem homens letrados.
O ministro da educação presidiu segunda-feira a abertura
do no novo ano lectivo 2016/2017”sob lema: Mais e Melhor Educação”.
ANG/LPG/SG
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