Sindicatos
do sector observam greve de 10 dias
Bissau, 27 Set. 16
(ANG) – Os dois sindicatos do sector educativo nomeadamente o Sinaprof e o
Sindeprof iniciaram nesta segunda-feira uma paralisação de 10 dias nas escolas
públicas do país, e que prolonga até o dia 7 de Outubro, reivindicando, entre
outras, a aplicação da Carreira Docente.
Em declarações à Rádio
Capital FM, o vice-presidente do Sindicato Democrático dos Professores (Sindeprof),
Eusébio Có confirmou o início da greve no dia 26 do corrente mês, salientando
que foram obrigados a paralisar as aulas logo no início do ano lectivo, “porque
é o melhor momento para o fazer”.
Eusébio Có sublinhou
que não querem iniciar as aulas e no meio parar como tem acontecido nos últimos
anos.
“É melhor parar antes
mesmo do início das aulas e caso o problema seja ultrapassado, para o bem do
sistema e que as aulas funcionem sem interrupções no futuro”, sustentou.
Questionado sobre a
aderência no primeiro dia da paralisação, o sindicalista disse que não pode
adiantar nada uma vez que as aulas propriamente dita não iniciaram apesar da
abertura do no ano lectivo anunciado pelo Governo.
Declarou que a maioria das escolas está em preparativos,
algumas estão a proceder a entrega dos de horários aos docentes, limpeza dos
recintos escolares, tendo frisado que as negociações com o patronato não
surtiram efeitos.
O vice-presidente da
Confederação Nacional das Associações Estudantis da Guiné-Bissau (Conaiguib), Mutaro
da Silva pede entendimento entre o
Governo e os Sindicatos para que as crianças possam ir à escola.
Mutaro disse que tomaram conhecimento da greve através
dos órgãos da comunicação social e pediram informação junto dos sindicatos da
razão desta interrupção.
“Temos pedido as
partes em desacordo a fazerem de tudo para que num curto espaço de tempo chegassem
à um consenso porque os que sofrem são os alunos”, disse.
Aquele dirigente
associativo afirmou que no ano passado perdeu-se 55 dias de aulas dos 159 dias
programados, pelo que não estão interessados em que a situação se repita esta
ano.
O Presidente da Comissão Negocial, Alfredo
Biague afirmou que desde a entrega do caderno reivindicativo ao Ministério da
Educação e da Função Pública, no passado dia 28 de Agosto, a tutela não se
dignou em chamar os sindicatos para juntos analisarem as reivindicações.
Segundo Biaguê, só o Ministério da Função Publica,
na pessoa do seu diretor-geral administrativo é que reagiu através de um único encontro
que veio a ser interrompido por causa do falecimento da esposa do
vice-presidente do Sindeprof, em Bafatá.
Biaguê disse que, se preocupação
dos sindicatos fossem levados ao sério principalmente pelo Ministério da Educação,
talvez a greve poderia ser evitada.
“Podemos dizer que os
pontos da reivindicação são as mesmas das outras paralisações principalmente o
ponto que tem a ver com a Carreira Docente”, disse.
Os dois sindicatos
exigem ainda o reajusto de salários entre os docentes com mesma formação e
letra, pagamento de subsídio de diuturnidade e o pagamento dos atrasados salariais.
ANG/MSC/SG
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