terça-feira, 20 de setembro de 2016

Raça humana



Investigadores preveem que o fim da humanidade aconteça já neste milénio

Bissau, 19 Set 16 (ANG) - Investigadores canadianos afirmam que há 50 por cento de probabilidade de a espécie humana se extinguir até ao ano 2290, que se eleva para 95 por cento em 2710.

Num documento enviado aos clientes, o economista Peter Berezin, da canadiana da BCA Research, apresenta vários argumentos que reforçam a ideia de um futuro desaparecimento humano.

O documento, revelado pelo portal russo RBC, cita a “teoria do Grande Filtro”, sugerida por Robin Hanson em 1996, que admite que, algures entre o início da vida e a inteligência Tipo III – o grau máximo de evolução tecnológica – há uma barreira que é quase impossível de ser atravessada.

Robin Hanson defende três possíveis cenários: o primeiro diz que nós somos raros; o segundo diz que somos os primeiros; e o último diz que, infelizmente, estamos perdidos.

No primeiro cenário, somos raros: o nosso Grande Filtro já ocorreu, a Humanidade já ultrapassou a barreira e sobreviveu.

No segundo cenário, os humanos serão a primeira civilização a atingir o nível III de Tecnologia, um nível que nos permita desenvolver vida inteligente (inteligente mesmo).

No terceiro cenário, o pior caso, corremos o risco de um enorme desastre quando se realizar esse “processo revolucionário” – e vamos esbarrar de frente contra a barreira do Grande Filtro.

Esta teoria descreve que é altamente provável que, devido ao elevado desenvolvimento tecnológico, a humanidade caminhe para a auto-destruição.

“Temos tecnologias que tornam possível a destruição da Terra, mas ainda não desenvolveram uma tecnologia que nos ajude a sobreviver a um desastre”, adiantou Peter Berezin, citado pela RT.

A teoria do Grande Filtro tem sido a mais sólida a explicar porque razão há tantos planetas no Universo aparentemente capazes de gerar e manter vida, mas nunca encontrámos extraterrestres.

Segundo esta teoria, é provável que todas as civilizações que pudessem ter atingido um grau de desenvolvimento tecnológico capaz de as levar ao outro lado do Universo tenham acabado por esbarrar no Grande Filtro antes de o conseguirem fazer.

Berezin afirma ter-se guiado também pelo argumento defendido pelo astrofísico Brandon Carter em 1983 – que admite que é possível prever o número de futuros membros da espécie humana tendo em conta uma estimativa do número total de seres humanos nascidos até agora.

O economista recorda que a população total da Terra, até hoje, foi de 100 mil milhões de pessoas e, segundo os seus cálculos, o fim da humanidade pode chegar quando o total de humanos nascidos no nosso planeta atingir os 200 mil milhões.

Com uma taxa de fertilidade de 3,0 (que atualmente é de 2,4), o economista defende que a humanidade irá desaparecer antes do ano 3000.

Tendo em conta todos estes valores, a empresa conclui que a ideia da extinção humana desencoraja as pessoas de poupar e fazer investimentos para o futuro.
No documento divulgado, Peter Berezin referiu ainda uma teoria que apoia a existência de universos paralelos relacionados entre si.

“Alguns futuristas e cientistas pensam que há, possivelmente, inúmeras versões de nós, algo que levanta possibilidades de jogo interessantes”,  afirmou.

Berezin defende que as pessoas podem estar mais inclinadas a jogar na lotaria porque, ao acreditarem que há várias versões delas próprias, julgam que poderão ganhar um prémio em algum desses universos.

Por outro lado, alguém que acredite na mesma teoria não irá correr o risco de atravessar uma passadeira com um semáforo vermelho porque, num universo paralelo, poderá estar já destinado a ocorrer um acidente.

O relatório da BCA Research sugere que estes exemplos hipotéticos – que admitem a existência de um “multiuniverso” – podem fazer com que a população esteja mais disposta a correr riscos quando há uma pequena oportunidade de uma grande recompensa.

No entanto, as pessoas estarão menos dispostas a arriscar quando há uma pequena probabilidade de terem uma grande perda. 

ANG/BZR, ZAP

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