Presidente
da República propõe criação de um Governo de Unidade Nacional
Bissau, 26 Set 16(ANG) – O
Presidente da República afirmou que uma das prioridades para o país nessa
altura deve passar pela criação de um Governo de Unidade Nacional com base no
consenso entre o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo
Verde(PAIGC), o Partido da Renovação Social(PRS) e o grupo dos 15 deputados
dessidentes do PAIGC.
José Mário Vaz que
discursava nas celebrações dos 43 anos da proclamação da independência da
Guiné-Bissau, no pasado dia 24 de Setembro, disse que o Governo de Unidade
Nacional terá a missão de fazer face aos grandes desafios do presente e futuro
do país.
O primeiro magistrado da
nação disse que foi testemunhda recentemente e sob mediação dos chefes de
Estado da Guiné-Conacri e da Serra Leoa, a assinatura de um acordo com vista a
ultrapassar a presente situação de bloqueio do funcionamento da Assembleia
Nacional Popular.
Declarou que o referido
acordo que contém seis pontos foi rubricado sem reservas pelo Presiente da
Assembleia Nacional Popular, pelo Primeiro Ministro, pelo líder do PAIGC e do PRS.
José Mário Vaz exorta aos guineenses a interpelarem aos subescritores desse acordo para a implementação do mesmo.
Disse entender que no dia da
celebração da festa nacional, que o melhor presente que os guineenses esperam
de todos que dignaram a assinar o referido acordo é que sejam capazes de honrar a palavra assinada.
Disse entretanto que tem a perfeita
noção de que a sua implementação não é o “remédio santo” para os males que
assolam o país.
“Mas trata-se de um importante
passo e plataforma de consenso para o apaziguamento de tensões políticas
que garantem a estabilidade governativa
até ao fim da presente legislatura”, referiu.
O chefe de Estado destacou
que celebrou-se mais um aniversário da
independência que é o resultado da força da nossa união.
Salientou que hoje mais do que nunca os guineenses necessitam de mais união, solidariedade para
que a luta pelo progresso tenha mais força e resultados concretos.
“Aproveito a ocasião para
lançar um apelo à todos os guineenses para perante as dificuldades do presente
nos inspirarmos com coerência nos exemplos da luta de libertação nacional,
porque só assim seremos capazes de romper com esse cíclo quase inquebrável de
crises eleições que nos tem distraídos à todos”, aconselhou.
Afirmou que enquanto Presidente da República estende
as mãos à todos os sectores da sociedade
e convida à todos a trabalharem juntos, com base na verdade e no respeito pelas
leis e instituições afim de colocar o país no rumo certo.
José Mário Vaz disse apelou
uma caminhada conjunta como ramos do mesmo tronco e com os olhos na
mesma luz para trabalhar, cada vez mais, colocando as mãos na lama para gerar
oportunidades e criar empregos assim como garantir segurança e confiança e
acabar com proivilègios para alguns e criar riquezas para todos, fortalecendo e
consolidando as liberdades para todos os guineenses.
“Caros compatriotas, para
que sejamos bem sucedidos nesta empreitada e novo rumo, precisamos de combater os vícios que enfermam a nossa
sociedade, que nos atropelam a cada passo impedindo-nos de caminhar na senda do
progresso”, frisou.
O Presidente da República
entende que grande parte dos problemas do país resulta da crise de valores que
vem coroenda a sociedade e as instuições, por isso, mais do que responsabilizar
apenas a classe política pelo desastre do país, cabe a cada guineense responder
a essa questão essencial sobretudo quando estão em causa interesses de todos.
“O que fazemos no dia-à-dia
enquanto sociedade para combatemos males como a impunidade, a corrupção, o
favoretismo, a indisplina, a intriga,
inveja, ociosidade e outros vícios contrários aos interesses nacionais e a
aspiração de estabilidade e bem estar de todo um povo”, questionou.
O chefe de Estado reconheceu
que há liberdade de pensar e de falar, frisando que as instituições estão
entranhadas, a educação e a saúde são escassas e de fraca qualidade, a pobreza
e desigualdade persistem a nossa volta.
José Mário Vaz salientou que
o desenvolvimento da Guiné-Bissau pode ser conseguido apenas com o trabalho e
honestidade, como em qualquer sociedade decente .
A cerimónia
comemorativa dos 43 anos da proclamação
da independência do país foi marcada com a realização da parada militar das
três ramos das Forças Armadas, desfiles de todos os Ministérios governamentais,
mandjuandades e diferentes federações deportivas do país.
O acto foi marcado com a
ausência do Presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassamá e do
Presidente da PAIGC, Domingos Simões Pereira.
ANG/ÂC/SG
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