ONU saúda líderes políticos guineenses
Bissau, 22 Set 16 (ANG) - O Secretário-Geral da ONU elogiou num comunicado divulgado quarta-feira os progressos alcançados pelos líderes políticos da Guiné-Bissau e o acordo assinado entre estes, que prevê um governo inclusivo destinado a pôr fim à atual crise política e institucional e que gere o pais até a próxima legislatura, em 2018.
Segundo o comunicado, Ban Ki-moon falava durante um encontro, na segunda-feira, com o Presidente guineense em Nova Iorque, à margem da Assembleia Geral da ONU e no qual foi abordado a situação do país da África Ocidental.
José Mário Vaz e Ban Ki-moon, conclui a nota, discutiram o impacto socioeconómico da crise sobre a população guineense e a importância de se criarem condições para a retomada completa do apoio financeiro internacional ao país.
Na terça-feira, o ministro português dos Negócios Estrangeiros afirmou, no final de um encontro da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), em Nova Iorque, também à margem da cimeira da ONU, que há “consenso internacional” sobre o acordo político alcançado na Guiné-Bissau.
Os políticos guineenses concordaram este mês com a criação de um novo Governo inclusivo.
Segundo o acordo entre os políticos, entre as tarefas essenciais do novo Governo inclusivo está a revisão da Constituição, a reforma da lei eleitoral, da lei-quadro dos partidos políticos e do sector militar.
No domingo, na celebração dos 60 anos do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), em Bissau, o seu presidente, Domingos Simões Pereira, manifestou disponibilidade para a reconciliação nacional.
“Expressamos, evocando a Amílcar Cabral e os seus ensinamentos, a nossa disponibilidade para o diálogo inclusivo, a reconciliação e a coesão interna do partido”, disse na ocasião o líder da maior força política guineense.
“Estamos dispostos a todos os sacrifícios e concessões para resgatar o direito e a responsabilidade de construir a nação, é chegado o momento de experimentarmos algo de novo, diferente”, disse Domingos Simões Pereira, para concluir que o PAIGC “deve ser reconhecido como a formação política escolhida pelo povo para governar nesta legislatura”.
ANG/SAPO
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