Bissau,19
Set 16(ANG) - O Presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo
Verde(`PAIGC), disse que estão enganados aqueles que continuam a olhar para o partido
como uma presa fácil e um instrumento à
mercé dos seus interesses pessoais e mesquinhos.
Domingos
Simões Pereira que discursava hoje na sede do PAIGC quando presidia a cerimónia
comemorativa dos 60 anos da fundação do partido, disse que as pessoas pensam
que uma vez usado o partido pode-se colocá-lo de lado, desafiado, combatido ou
mesmo eliminado.
“O
PAIGC tem, sobretudo, uma base ideológica de referência. Uma herança que está a
resgatar os seus valores e um exército de militantes prontos a resgatá-lo e
redirecioná-lo de volta aos seus princípios e a sua filosofia social do centro
esquerda”, sublinhou.
Domingos
Simões Pereira disse que hoje, convocados para um encontro com o seu destino,
os combatentes da liberdade da pátria, mulheres e homens, que já haviam
conquistado o direito ao descanso, jovens poderosos mental e fisicamente da
geração da independência e da democracia, todos voltam a sentar-se na sede do
PAIGC para reivindicar as suas responsabiidades históricas e colocar-se ao
dispor do partido para a defesa da sua dignidade.
“Por
isso, hoje o nosso apelo vai para todos,
a fim de darmos uma chance ao nosso partido, ao nosso povo e à nós mesmos”,
exortou.
O
Presidente dos libertadores sublinhou que, evocando o nome de Amílcar Cabral e
os seus ensinamentos, há disponibilidade para o diálogo inclusivo,
reconciliação e a coesão interna do partido.
“Não
há nenhum mal que não pode ser corrigido, nenhum pecado que não possa ser
perdoado, nenhum homem incapaz de ser recuperado”, vincou, acrescentando que
está disposto a fazer todo o sacrifício e concessões para resgatar o direito e
a responsabilidade de construir a nação prometida pelos combatentes da
liberdade da pátria”, disse.
Domingos
Simões Pereira afirmou que para que isso aconteça não há outro caminho a
percorrer senão a verdade e a justiça.
Disse
que continuarão de mãos atadas se os
infractores insistirem em não admitir o erro e de não abandonarem a agenda de
sequestro contra o próprio partido que dizem reclamar.
“Exortamos
à todas as entidades a renunciarem às práticas de caça e perseguição, tentativa
de instauração do medo como forma de luta política, ao branqueamento da realidade, à mentira e
aos jogos permanentes e sistemáticos”, referiu.
Simões
Pereira frisou que o PAIGC já provou que nenhuma corrupção ao sistema e ameaça
aos seus militantes e tentativa da instauração de tirania e da ditadura o
amendronta.
Participaram
no acto comemorativo dos 60 anos da fundação do PAIGC, a filha de Amílcar
Cabral, e representantes do Movimento de Libertação de Angola(MPLA), do
Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe(MLSTP), do Internacional
Socialista. ANG/ÂC/SG
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