Dilma afastada mantém direitos
Bissau, 01 Set 16 (ANG) - A Presidente eleita do Brasil, Dilma Rousseff, perdeu quarta-feira definitivamente o mandato presidencial depois de uma votação no Senado (câmara alta do Parlamento) em Brasília.
A decisão colocou um ponto final a um processo que se prolongou por nove meses e dividiu o país com argumentos jurídicos e políticos.
Dos 81 senadores brasileiros, 61 votaram “sim” e 20 votaram “não”. Não houve abstenções.
Dilma Rousseff foi condenada por ter assinado três decretos de créditos suplementares em 2015 sem autorização do Congresso e por ter usado dinheiro de bancos públicos em programas do Tesouro, realizando manobras contabilísticas, as popularmente chamadas “pedaladas fiscais”.
Dilma recusou ter cometido crime de responsabilidade e prometeu que vai recorrer da decisão do Senado.
Os senadores ainda votaram , por 42 votos a favor, 36 contra, e três abstenções sobre a perda dos direitos políticos de Dilma Rousseff nos próximos oito anos.
Com este resultado, Dilma Rousseff não perde os seus direitos de concorrer a cargos públicos no Brasil. Quer dizer que a Presidente ora afastada pode concorrer às próximas eleições no Brasil, quaisquer que sejam. Dilma só perderia os seus direitos políticos se 54 senadores votassem a favor.
Depois de Fernando Collor de Mello ter sido afastado por corrupção, em 1992, Dilma Rousseff é o segundo Presidente do Brasil a ser destituído.
A Presidência da República fica agora nas mãos de Michel Temer até às eleições presidenciais de 2018.
ANG/JA
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