segunda-feira, 3 de abril de 2017

Agricultura



Ministro  defende necessidade de se aproveitar da   experiência brasileira no domínio da mecanização

Bissau 03 Abr 17 (ANG) – O ministro da Agricultura, Floresta e Pecuária afirmou  hoje que a Guiné-Bissau precisa da experiência do Brasil no domínio de mecanização uma vez que em termos de clima os dois países têm muitas semelhanças.

Nicolau dos Santos  falava à margem da reunião de apresentação de Projectos de Produção de Arroz e Mecanização Agrícola a uma delegação brasileira que se encontra de visita ao pais.

 Santos sustentou que o pais tem grande extensão de terra arável, muita água doce e um bom solo.

Referiu  que, no passado mês de Fevereiro estiveram na primeira Conferência dos Ministro da Agricultura da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP) no Brasil onde fizeram uma apresentação sobre a situação agrícola no país.

“Isso provocou uma certa reacção da parte brasileira, porque de facto queremos aproveitar a experiência deste país irmão para poder aumentar o nosso nível da produtividade “disse.
O governante destacou a produção do arroz que é a base de alimentação dos guineenses cujo défice está na ordem dos 100 mil toneladas que se compensa com a importação.

O ministro da Agricultura disse que os técnicos do seu pelouro em parceria com a delegação brasileira terão a oportunidade de visitar o interior da Guiné-Bissau para constatar in loco sa potencialidades agrícolas que o país dispõe, acrescentando que espera que no final seja assinado um acordo de cooperação entre as partes para materializar os projectos em manga.

Por seu turno, o chefe da missão brasileira  disse que depois da primeira conferência realizada no Brasil decidiu-se que a delegação devia visitar todos os países da CPLP  com o objectivo de pôr fim a fome através do desenvolvimento agro-pecuário, uma vez que ainda há países a praticar a agricultura muito primitiva.

Sinfrónio Júnior que é também  Presidente da Câmara de Comércio e Indústria do Brasil e Moçambique sublinhou que a agricultura é o seguimento mais importante que existe no mundo.

“Se notarmos tudo o que nós usamos desde a camisa, o sapato, madeira para fazer móveis, a comida  vem da agricultura ou seja de cada 10 produtos existentes no universo 6 vem da lavoura”, referiu.

“ É uma actividade rentável e deve ser cobrada ou seja as pessoas devem receber dinheiro proveniente deste trabalho, mas também devem pagar impostos. Não há nada a inventar é só fazer o que está a ser feito no mercado e ensinar os jovens a depender deles mesmos e a dar um “soco” na fome”, vincou.

Por sua vez, o responsável internacional da Fundação Getúlio Vargas, entidade formadora, disse que o seu país já tem 50 anos de trabalho na área agrícola e hoje o Brasil saiu do país que importa muito de fora, para um dos principais exportadores do alimento no mundo actual.

Kleber Guarany disse que foi por isso que estão na Guiné-Bissau para falar desta experiência, sublinhando que não espera que a Guiné-Bissau leve 50 anos como o Brasil, mas pelo menos em cinco ou 10 anos consiga transformar a situação agrícola da nação guineense.

“Falamos também em como tirar a Guiné-Bissau nesta dependência de importar arroz, uma vez que tem áreas não só para produzir o arroz para o consumo local , mas também exportar. Não unicamente o arroz mas milho ,feijão entre outros”, disse, frisando  que para isso precisa-se de uma agricultura moderna com máquinas e formação das pessoas para o uso das mesmas no terreno.


Delegações dos dois países  vão procurar entre  3 e 7 do corrente  identificar  os mecanismos de acesso ao financiamento para aquisição de máquinas e equipamentos para a mecanização agrária e compra de insumos, formas de  incentivo à promoção da genética bovina, caprina e ovina, através da produção de leite e carne, à semelhança de outros países da sub-região.
ANG/MSC/ÂC/SG





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