Umaro
Sissoco nota a similaridade das “circunstâncias política” entre Guiné-Bissau e
Portugal
Bissau, 04 Jun 17 (ANG) – O Primeiro-ministro
guineense, Umaro Sissoco Embalo defendeu no Sábado que o seu governo possui
legitimidade para governa, uma vez que este reúne “o consenso de maioria, tal
como recomenda as regras democráticas”.
“Em Portugal foi Passos
Coelho quem ganhou as legislativas, mas é
o António Costa que esta a governar graças a engenharia política que fez com
outras forcas para conseguir a maioria no parlamento”, disse o chefe do governo
evocando a similaridade do sistema e das circunstâncias política entre os dois
países.
O primeiro-ministro reagia
assim ao partir para a 51 Cimeira da Comunidade Económica dos Estados da África
Ocidental (CEDEAO), de onde se aguarda sanções contra políticos e instituições
guineenses em que estariam a bloquear a implementação do acordo de Conacri para
a saída da crise que assola o país a mais de 2 anos.
Sobre este particular, Umaro
Sissoco Embalo afirmou que o documento assinado pelos protagonistas da crise
política na capital do país vizinho eh muito claro, infelizmente “alguns
partidos” aos quais não citou eh que estarão a interpreta-lo mal.
“Diz claramente que o
primeiro-ministro deve reunir consenso e ser da confiança política do
Presidente da República”, esclareceu lembrando que eh o que se passa neste
momento uma vez que a sua nomeação reuniu o beneplácito da maioria.
Segundo o chefe do executivo
a solução para a saída deste imbróglio político apenas pode ser encontrada
pelos guineenses, nomeadamente se os actores políticos renunciarem a arrogância
e prepotência e sentarem-se a mesma mesa para o diálogo.
Questionado se não se sente
com receio de eventuais sanções, o primeiro-ministro respondeu que a luz do
concerto das nações, a CEDEAO não pode fazer nada e além do mais esta
organização sub-regional já disse ter tomado boa nota das iniciativas do
governo para a saída da crise política, ao convidar, sem sucesso, o PAIGC para o
diálogo.
Em finais de Abril, uma missão da CEDEAO visitou a Guiné-Bissau
tendo no final deixado advertência aos protagonistas da crise para no prazo de
30 dias implementarem o acordo de Conacri ou seriam alvos de sanções da
organização comunitária. O prazo terminou dia 25 de Maio passado.
O acordo de Conacri recomenda entre outros pontos a
nomeação de um primeiro-ministro de consenso e formação de um governo entre os
partidos políticos com base nas proporções das suas representações na
Assembleia Nacional Popular e ainda a reintegração dos 15 deputados expulsos
pelo PAIGC.
ANG/JAM
Sem comentários:
Enviar um comentário