Congresso sobre água e saneamento aberto em Abdjam
Abdjam,17 Fev 14 (ANG)- O primeiro-ministro da Costa do Marfim,
Daniel Kablan Duncan abriu hoje em Abidjam, na Costa do Marfim os trabalhos do
17º congresso da Associação Africana de Água, que conta com a participação de
1200 delegados, entre os quais instituições e associações africanas e internacionais
ligadas ao sector de água e saneamento.
Kablan Duncan destacou a necessidade de se tomar a consciência
de que fornecer água potável e saneamento às populações e faze-las habituar-se
às boas práticas de higiene é impulsionar o desenvolvimento do continente africano.
“Este desafio confere à associação africana de água um
papel primordial de sensibilização das populações, de mobilização dos recursos
junto de financiadores para o acesso das colectividades em África à serviços
melhorados de saneamento e aprovisionamento em água potável”, disse.
O também ministro da economia, finanças e orçamento da
Costa do Marfim recomendou à associação o reforço das suas acções nomeadamente
através da cooperação sul-sul para a obtenção de melhores resultados.
E recomendou ainda
a diversificação das fontes de financiamento, a inovação da tecnologia e maior implicação
do sector privado tanto ao nível de produção assim como na distribuição.
“A cooperação sul-sul nos oferece uma plataforma dinâmica
de trocas de experiência , de promoção de investimentos e de partilha de boas praticas
a fim de encontrarmos soluções definitivas para os desafios técnicos e financeiras que se
colocam ao sector de água e saneamento nos nossos países”, sustentou.
A Costa do Marfim acaba de lançar um programa que Daniel
Cablan considera ambicioso, devendo para a sua execução serem investidos mais
de 400 biliões de francos cfa no domínio de água.
“No total, o governo pretende mobilizar mais de 600 biliões
de francos cfa para permitir ao pais alcançar os objectivos mundial em matéria
de água potável e saneamento, que visa a redução para metade até de 2015 da
população que não tem acesso à água potável e saneamento.
Até quinta-feira dia 20, os participantes vão procurar
propostas africanas de soluções duráveis
para a problemática da água e saneamento no continente.
A presidente da Associação Africana de Água, a sul africana,
Myene Deduzile mostrou-se contra a importação de soluções para os problemas que
o continente enfrente no sector.
“Temos que ter soluções africanas para os nossos
problemas, soluções adaptadas as nossas realidades”, propôs.
As estatísticas indicam que 400 milhões de pessoas vivem
no continente africano a consumir água de qualidade pouco fiável, e que a falta
de saneamento afecta mas de 250 milhões de outras.
Esta tarde, os trabalhos do congresso com o lema
“mobilização dos recursos e gestão de água e saneamento em África” prosseguiram
com a realização de um simpósio sob o lema, “gestão integrado dos recursos em água
e mudanças climáticas”.
Este sub-tema constitui o primeiro dos cinco sub-temas
que serão discutidos com vista a
responder as constatações tidas como “alarmantes” relacionadas ao acesso à água
potável e saneamento em África.
Para a comunidade dos profissionais e actores do sector
trata-se de procura de meios apropriados de acesso para todos aos serviços de
água e saneamento no continente africano.
(Salvador
Gomes, enviado especial da ANG)
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