Mercados nacionais abastecidos com legumes do
Senegal
Bissau, 17 de Fev 14(ANG) -
A Guiné-Bissau apesar de possuir um potencial agrícola invejável, a maioria dos mercados nacionais continuam a ser
abastecidos com legumes provenientes da vizinha
República do Senegal, denunciou algumas vendeiras ao repórter da ANG.
Quinta Rodrigues, uma das
vendedeiras no Mercado Central, disse
que o facto se deve a escassez das sementes, da água de irrigação, dos produtos
fertilizantes, da protecção dos terrenos e de mecanismos para a preservação e
transformação dos produtos da horticultura.
Por seu turno, a Directora
do Departamento da “ Cintura Verde”, do Ministério da Agricultura voltada para
o apoio a horticultura, Marcelina Pascoa da Cunha, reconheceu que o
desenvolvimento do sector da horticultura vai depender, em grande parte, do apoio de
parceiros internacionais, porque o Ministério da Agricultura não dispõe de meios suficientes para estimular
a produção em grande escala.
Doravante, de acordo com
esta responsável, a política do Ministério de Agriculta vai se centrar na
melhoria do sistema de irrigação, produção e diversificação das sementes e
criação de mecanismo de conservação e transformação dos produtos.
“O Estado sozinho não pode
resolver em grande escala o problema das mulheres horticultoras, porque a
primeira coisa, é que o Estado não produz as sementes. As que distribui às
mulheres são oferecidas pelos parceiros
externos e estas , as vezes, não são suficientes para cobrir todas as necessidades
hortícolas do país”, disse.
“A segunda questão é que, as produções locais carecem de preservação e transformação para se
evitar sucessivas perdas que ocorram depois da colheita, e garantir a sua
durabilidade no mercado.”, explicou Marcelina Pascoa da Cunha.
Relativamente a assistência
dos serviços de protecção vegetal, a Directora destes Serviços, Maria Rosa Évora
Teixeira disse que a fraca intervenção do seu serviço no campo da horticultura
tem a ver com a falta de meios técnicos e materiais.
Abordado sobre a
possibilidade de apoiar as mulheres horticultoras com fornecimento de pesticidas, aquela responsável disse que a
distribuição deste produto pode acarretar grande risco pelo que sempre a dispensaram,
sem que antes efectuassem uma formação
para os utilizadores.
“As mulheres criticam que
não lhes demos produtos contra as pestes, mas isto também tem o seu perigo
porque é um veneno. O uso do referido produto, requer primeiramente a protecção
da pele e do sistema respiratório, o respeito pela dosagem, o intervalo após a pulverização e do horário
adequado para o seu uso.”, sublinhou Maria Rosa, advertindo as horticultoras a respeitarem
sempre que possível o intervalo de 13 dias depois da pulverização a fim de
evitarem prejuízos.
ANG/ BI/SG
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