“Os militares não são factores de instabilidades na Guiné-Bissau”, diz
Afonso Té
Dakar, 6 Fev. 14 (APS/ANG) – O
líder do Partido Republicano da Independência e Desenvolvimento (PRID), António Afonso
Té, afirmou que as crises cíclicas e violências que ocorrem na Guiné-Bissau não
são causadas pelos militares, mas sim em consequência da “decadência de um
estado em vias de extinção”.
O candidato as presidenciais de Marco próximo que falava
em entrevista a Agência de Noticias do Senegal (APS) disse estar muito
preocupado com a situação de inexistência de estado na Guiné-Bissau.
“O estado está em vias de desaparecer no meu país. È
urgente a sua refundação e realização de profundas reformas para se chegar a
instauração da segunda república na Guiné-Bissau”, disse o coordenador do
Fórum-Guiné-Bissau, que reúne 24 formações políticas sendo a maioria sem
assento parlamentar.
Afonso Té sustentou que as pessoas se enganam muitas
vezes ao apontarem os militares como os responsáveis pelas situações de
instabilidades em que se encontra a Guiné-Bissau. “Os militares não são
factores das turbulências mas sim vitimas da desorganização do estado”,
reforçou.
O também ministro conselheiro do Primeiro-ministro para a
área de defesa e segurança, sublinhou que “esta situação de sem-estado tem
efeitos em todos os canais e no sistema, ao lado de uma administração
desarticulada incapaz de promover políticas públicas coerentes”.
Afonso Tè exortou aos seus compatriotas a mudarem o sistema político e que promovam a reconciliação com vista a criação de novas bases.
‘’É preciso criar uma estrutura de diálogo e reconciliação que não seja uma comissão de verdade, justiça e reconciliação mas sim uma espécie de pacto social que leva ao pacto do regime, com vista resolução de vários problemas existentes no país”, disse.
.Segundo Té , o Pacto de Regime vai permitir redimensionar
a administração para que ela seja capaz de orientar as políticas públicas e
colocar em evidencia as potencialidades agrícolas e minerais em particular.
ANG/AFP/SG
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