terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Água e saneamento em África




Dirigentes das associações partilharam experiências

Abidjam, 18 Fev 14 (ANG)- Os líderes das sociedades de água e saneamento em África partilharam hoje experiências sobre a importância de uma liderança forte associada à utilização de técnicas de manejamento de mudanças que visam o melhoramento das performances das sociedades de àgua e serviços aos clientes.

O exercício realizou-se no âmbito do congresso da Associação Africana de Água e Saneamento que decorre em Abidjam, na Costa do Marfim.

Os organizadores do congresso declararam em documento distribuído à imprensa ter havido pouco progresso durante os últimos 15 anos no que se refere as melhoras das prestações das sociedades de água em África.

“Os modelos teóricos sobre a gestão foram insuficientes para provocar mudanças reais no terreno”, lê-se no documento.,

Os novos modelos financeiros, segundo o documento, não foram suficientemente explorados devido a penúria de projectos financiados pelos bancos. E, consequentemente, a insatisfação dos Objectivos do Milénio para o Desenvolvimento para o sector reduziu o interesse internacional para o melhoramento dos serviços das sociedades de água.

Em declarações ao enviado da ANG, o Director-geral da empresa Senegalesa de Água, Mamadu Dja reitera  que o  continente apresenta situações deferentes no que se refere a distribuição de água, alguns por falta de meios financeiros, outros devido a má governação e outros por incapacidade dos seus dirigentes.

“Tentamos mobilizar as empresas à volta das performances, porque o  cliente espera receber água de qualidade numa tarifa acessível. É sobre isso que as lideranças devem ser exercidas”, explicou Dja.

Djá acrescentou que os dirigentes das associações de água devem lutar  para a boa governação  a volta de valores de comportamentos e atitudes com vista ao melhoramento das performances das empresas.

Alguns intervenientes apresentaram preocupações relacionadas as ingerências políticas nas sociedades de água que por força disso acabam por não funcionar devidamente.
A propósito, Mamadu Dja responde que um os dirigentes do sector devem saber tirar proveito das ingerências políticas.

 “As lideranças devem ser capazes de travar a ingerência negativa dos decisores políticos”, disse. 

O factor chave das reformas e condutas das empresas, segundo Dja, é a capacidade dos seus dirigentes de promover o diálogo com os decisores institucionais para se encontrar boas soluções. 

(Salvador Gomes, enviado da ANG).


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