sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Greve na TGB




Governo diz não ter condições para satisfazer as exigências dos grevistas

Bissau, 13 Fev 14 (ANG) – O Secretário de Estado da Comunicação Social, disse hoje que o Governo de Transição não dispõe de condições financeiras  para satisfazer as exigências do Comité Sindical de Base da Televisão da Guiné-Bissau que decretou  uma greve de 30 dias, em vigor a partir de hoje.

Em entrevista exclusiva à Agência de Notícias da Guiné(ANG), Armindo Handem disse que, no Pré-Aviso de greve que recebeu, consta o pagamento de quatro meses de salários devidos aos contratados e mais quatro meses de subsídios de incomodidade.

“Neste momento,  à todos os funcionários da função pública foram pagos os subsídios até ao mês de Outubro do ano findo. Portanto, estamos todos inclusive a TGB na mesma situação. o Governo através do Ministério das Finanças, ainda não tem  receitas suficientes para liquidar os atrasados salariais devidos aos servidores de Estado”, esclareceu.

O governante considerou  que não deve existir uma situação especial em relação a Televisão da Guiné-Bissau, salientando que, é preciso que haja um bom senso da parte do sindicato de Base e dos trabalhadores em geral deste órgão de comunicação social tendo em conta que é uma  situação conjuntural.

Relativamente à outros pontos constantes no Caderno Reivindicativo da TGB, que falam de reajuste de letras e subsídios dos funcionários efectivos, bem como a efectivação dos contratados e a retoma das negociação sobre a nova tabela salarial, Armindo Handen disse que são situações que não dependem da instituição que dirige.

“Essas questões estão a ser tratadas ao nível do Ministério da Função Pública, abrangendo todos os funcionários. Quer dizer, não se pode fazer o reajuste de letras somente para os funcionários da televisão deixando de lado toda a Função Pública”, explicou.

Handem adiantou que há uma Comissão criada recentemente pelo Governo e que está a trabalhar com vista a  efectivação dos funcionários contratados e dos estagiários, que estão em grande número na Televisão da Guiné-Bissau.

Afirmou que os seus nomes já foram enviados  para a Função Pública para efeitos de efectivação.

“De facto é uma situação que dura há muitos anos. Não há nenhum país do mundo com estagiários com mais de um ano. Mas na Guiné-Bissau, temos muitos com 7 anos, o que não é normal”, lamentou.

O SECS reconheceu que a TGB tem um número de funcionários que ultrapassa de longe as suas necessidades. 

Destacou  que não se deve  ter uma pequena estação televisiva com mais de 150 pessoas, e  exorta a Direcção da TGB a definir claramente o número exacto de trabalhadores de  que precisa, devendo os excedentários serem remetidos à  Função Pública.

Aquele governante sublinhou que aderir a greve é um direito que assiste aos trabalhadores, mas avisa contudo que, aos que vão para a greve ser-lhes-ão marcadas as respectivas faltas que serão descontadas nos seus vencimentos.

Armindo Handem reiterou que a Secretaria de Estado da Comunicação Social irá continuar a privilegiar o diálogo com o sindicato de base da TGB para encontrarem uma solução viável. 

ANG/ÂC/SG

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