sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Educação



Sindicatos do sector ameaçam com paralisação na próxima semana

Bissau, 14 Fev.14 (ANG) – Os dois sindicatos do sector da educação ameaçam paralisar o ensino publico a partir da próxima semana para reivindicar o cumprimento do acordo rubricado com o governo e o banco mundial.

A posição foi anunciada hoje pelo Presidente do Sindicato Democrático dos Professores (SINDEPROF), durante uma entrevista exclusiva a ANG.

 Laureano da Costa responsabilizou o governo de transição e o Banco Mundial (BM) pela morosidade no desbloqueamento de verbas para pagar salários aos docentes como havia sido acordado e esclareceu que a instituição de Bretton Woods havia prometido pagar salários aos funcionários dos ministérios da educação e saúde de Janeiro á Junho do ano em curso.

Enquanto isso, o executivo teria que liquidar as dividas referentes não só os meses vencidos do ano findo, como também as contraídas com a classe nos períodos de 2001 a 2013. 

Sobre os esclarecimentos dados pelo Ministro da Educação de que o BM iria começar a regularizar os salários nos finais de Fevereiro, Laureano da Costa afirmou desconhecer tais informações. 

“Isso não constava no pacto”, criticou o sindicalista que reclamou que o governo devia informar os dois sindicatos de qualquer mudança em relação ao acordado entre as partes
Laureano da Costa criticou o governo pelo facto de, e de maneira unilateral, ter criado uma comissão de trabalho para identificar os professores beneficiários do referido acordo e cuja composição integra os ministérios das finanças, função pública e educação e pondo de fora os dois sindicatos do sector, associação dos pais e encarregados de educação e associação estudantil.

 Após tanta pressão sobre o resultado dos trabalhos efectuados, apenas esta quarta-feira é que a comissão viria apresentar um documento final, que segundo o sindicalista, se caracteriza por muitos defeitos e lacunas e cuja excussão acarretará enormes problemas, pois deixou de fora muitos nomes de docentes que deviam beneficiar do acordo.

“Não fazemos parte da comissão para tal atribuímos toda a responsabilidade ao ministério da educação no que tange as consequências futuras, pois aqui existe transparência” acusou Laureano da Costa.

ANG/JD/JAM

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