Comunicação social/Sindicato dos Jornalistas pede fim da impunidade
contra profissionais do setor
Bissau,03 Nov 21(ANG) - O Sindicato dos Jornalistas e Técnicos de Comunicação Social(Sinjotecs), exigiu terça-feira o fim da impunidade contra os profissionais do setor e repudiou o “tratamento indigno manifestado” pelo Presidente da República Umaro Sissoco Embaló contra membros da imprensa.
Em conferência de imprensa
para assinalar o Dia Internacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra
Jornalistas, a presidente do Sindicato do Sinjotecs, Indira Baldé, salientou
que a “liberdade de imprensa e a proteção dos jornalistas são essenciais para o
exercício livre da democracia, do Estado de Direito e para a consolidação da
paz”.
Nesse sentido, o Sindicato
dos Jornalistas repudiou o “tratamento indigno manifestado pelo Presidente da
República contra os jornalistas” e exigiu
“maior urbanidade possível na relação institucional”.
A presidente do Sindicato de
Jornalistas lamentou também os “sucessivos discursos hostis” feitos por “altas
instâncias nacionais” contra a comunicação social guineense.
Indira Baldé exigiu ao
Governo a “criação de condições adequadas para o livre exercício” do jornalismo
e apoios para o setor.
A presidente do Sinjotecs
recordou também os ataques físicos registados contra jornalistas e a destruição
da Rádio Capital para exigir ao Ministério Público o fim dos inquéritos aos
ataques à rádio e aos profissionais da comunicação social e a responsabilização
criminal dos autores morais e materiais.
Em março de 2020, o
jornalista Serifo Tawel da Rádio Capital foi agredido por um grupo de homens
fardados à saída das instalações da rádio, quatro meses mais tarde, em julho, a
rádio foi ataca e destruída por homens armados.
Já em março de 2021, o
jornalista Aly Silva foi sequestrado e espancado por um grupo de homens armados
e o jornalista Adão Ramalho espancado por agentes das forças de segurança.
“Até à data, o Ministério
Público não abriu nenhum inquérito para identificar e trazer à justiça os
autores de nenhum destes casos abusivo”, sublinhou Indira Baldé.ANG/
Lusa
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