Sudão/Manifestantes voltam a sair
às ruas do país
Bissau, 01 Jul 22 (ANG) - Centenas de manifestantes
voltaram a sair às ruas nesta sexta-feira, 1 de Julho, no Sudão, para protestar
contra o poder militar que vigora no país desde o ano passado.
Os sudaneses
acusam o general Abdel Fatta al-Burhane, autor do golpe de Estado, de ter
mergulhado o Sudão numa crise política e económica.
Centenas de sudaneses voltaram a sair às
ruas, esta sexta-feira, desafiando a forte repressão do dia de ontem que fez
pelo menos nove mortos, incluindo uma criança.
Nas ruas de Cartum e em outras outras
cidades do país, os manifestantes voltaram a pedir a demissão de al-Burhane, ostentando
fotografias das 113 vítimas que perderam a vida durante o golpe de Estado de 25
de Outubro de 2021.
O Sudão, um dos Estados mais pobres do
mundo, vive uma onda de protestos contra o golpe de Estado perpetrado pelo
general Abdel Fattah al-Burhane. Desde então, o país foi suspenso da União
Africana e deixou de receber ajuda internacional e a população acusa al-Burhane
de ter mergulhado o país numa crise política e económica.
O golpe de Estado acabou com a presença
civil no poder, uma condição que havia sido estipulada durante as negociações
para a transição democrática iniciada em 2019, depois de 30 anos de ditadura de
Omar al Bashir.
O dia 30 de Junho é um dia importante para os
sudaneses que assinalam o aniversário do golpe de Estado que provocou a queda
ditador Omar al-Bashir e o início das manifestações de 2019 que levaram os
generais a integrar os civis no poder. ANG/RFI
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