sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Comemoração do 30 de Janeiro


PR pede adesão de mulheres ao projecto “Mon Na Lama”

Bissau 30 Jan 15 (ANG) – O presidente da República, José Mário Vaz (JOMAV), formulou, hoje um convite a todas as mulheres guineenses à apoiarem ao projecto “Mon Na Lama”, porque segundo ele, o futuro do país depende do sector produtivo, particularmente da agricultura.
Vista da Praça Titina Sila

Mon Na lama é um projecto através do qual o Presidente da República pretende atingir a auto-suficiência alimentar em termos de produção de arroz, alimento base da população guineense.

JOMAV presidia ao acto inaugural da Praça “Titina Silá” reabilitada e que culminou com a deposição de coroas de flores na estátua dessa heroína nacional com uma criança ao colo.

O Presidente da República disse que o facto demonstra o inconformismo das mulheres guineenses, não obstante fortes barreiras sociais “algumas ainda intransponíveis”, que obstaculizam a sua plena emancipação.

“A paridade homem-mulher nas esferas de decisão não é um favor e nem deve constituir uma meta. É uma etapa porque as mulheres, por serem a maioria em termos populacionais, devem estar maioritariamente representadas nos órgãos de decisão”, disse.

Por outro lado, o Chefe de estado reconheceu que alguns passos estão a ser dados no sentido de inverter a situação de secundarização do lugar das mulheres guineenses na sociedade.

O dia da mulher guineense que hoje se comemora em todo o pais deve culminar logo à noite com um jantar que a Primeira-dama, Rosa Vaz oferece às mulheres dirigentes no Palácio da República.

Actividades desportivas, recreativas e palestras sobre o papel da mulher na luta de libertação e no processo de desenvolvimento marcaram ao longo da semana as comemorações do 30 de Janeiro, dia em que a heroína Titina Sila fora assassinada pelos colonialistas na travessia do rio Farim, quando se dirigia para as cerimônias fúnebres do fundador da nacionalidade guineense, Amílcar Lopes Cabral.


ANG/FGS/SG

Internacional



União Africana quer força de sete mil e 500 homens contra Boko Haram

Bissau, 30 Jan 15 (ANG) - A União Africana (UA) pediu, nesta sexta-feira, o aumento da força regional para sete mil e 500 homens a fim de pôr fim aos abusos "espantosos" cometidos pelos insurgentes islâmicos nigerianos do Boko Haram.

"Os abusos espantosos do Boko Haram, a sua crueldade indizível, o seu desprezo total pelas vidas humanas, são destruições de bens totalmente gratuitas, que não têm igual", denunciou a presidente da Comissão da UA, Nkosazana Dlamini Zuma, segundo a agência Angop.
             
"Em consequência, recomendou-se que os países da região sejam autorizados a aumentar a Força Multinacional para sete mil e 500 homens", continuou Zuma, na nota divulgada após uma reunião, quinta-feira à tarde, do Conselho para a Paz e a Segurança da organização, antes da cimeira da UA, que acontece nesta sexta-feira em Addis Abeba.

O Boko Haram assumiu o controlo de grandes territórios no nordeste da Nigéria e multiplica as suas incursões no Camarões e nas proximidades do Tchad e do Níger.
             
Uma cooperação militar foi decidida no final de 2014 pelos países-membros da Comissão da Bacia do lago Tchad (Camarões, Níger, Nigéria e Tchad).
Essa força, composta por cerca de 700 homens de cada país, além do Benin, tem dificuldades para actuar, devido a divergências entre Lagos e os vizinhos.

Segundo o Jornal de Angola aquilo de que muitos já suspeitavam está a um escasso passo de se tornar uma  realidade com a Nigéria a ameaçar não aceitar a ajuda que a União Africana está a tentar consolidar para que possa articular o combate, com algumas possibilidades de sucesso, contra o grupo Boko Haram.

Dizendo-se capacitado para garantir a lei e a ordem em toda a vasta extensão do seu território, o Governo nigeriano, de acordo com o diário On-line angolano, considera mesmo estar a ser vítima de uma “campanha internacional” que visa enfraquecer a sua imagem perante a opinião pública nacional em vésperas da realização de eleições no país.

A figura que o governo nigeriano elegeu para dar corpo e voz à sua resistência em receber ajuda externa, seja de países africanos ou de outros continentes, foi o major general Chris Olukolade que em declarações à televisão terá dito que o Boko Haram estava completamente sob controlo das forças governamentais e, como tal, prestes a ser desbaratado em toda a linha e mesmo desalojado dos locais onde actualmente ainda se encontra.

o jornal refere que desmentindo dados unanimemente divulgados por diversas fontes independentes, desde organizações humanitárias à serviços de inteligência de diferentes países, o major general terá dito  que durante o assalto do Boko Haram à cidade de Baga “apenas” morreram 150 pessoas e não as duas mil de que a imprensa internacional tanto falou. Por essa razão, sublinha o militar, “não faz sentido aceitarmos a ajuda internacional que nos querem dar, uma vez que estamos em perfeitas condições para ultrapassar a situação”.

“O conflito que opõe o Boko Haram aos militares nigerianos corre o risco de alastrar para o interior de diversos países vizinhos, em especial os Camarões, Chade e Níger, se nada de muito activo for imediatamente feito em termos meramente militares”, diz o jornal.


ANG/Jornal de Angola                                                                 

Economia

Bissau marca pontos no índice de liberdade económica

Bissau 30 Jan 15 (ANG) - Apesar da instabilidade resultante do golpe militar de 2012, a Guiné-Bissau avançou 5,5 pontos no Índice de Liberdade Económica desde 2011, o que representa a terceira maior subida na África subsariana, ocupando o 145.º lugar com 52por cento.

Os 0,7 pontos registados acima do valor do ano passado refletem "melhorias na liberdade comercial e monetária e no controlo dos gastos governamentais, compensando assim o agravamento no que se refere à corrupção e à liberdade empresarial", de acordo com a análise do ranking da Heritage Foundation em parceria com o Wall Street Journal.

Sendo 34ª entre os 46 países da África subsariana, o resultado global da Guiné-Bissau continua bem abaixo das médias mundial e regional e posiciona-a na categoria das economias "maioritariamente não livres", a penúltima das cinco secções que classificam as economias nacionais em "livres" (80 a 100%), "quase livres" (70 a 79,9%), "moderadamente livres" (60 a 69,9%), "maioritariamente não livres" (50 a 59,9%) e "reprimidas" (40 a 49,9%).

Quanto às liberdades tidas em conta para avaliar os 186 países que fizeram parte do estudo – dos quais oito ficaram fora do ranking por falta de dados – os analistas agruparam-nas em aspetos jurídicos (direitos de propriedade e ausência de corrupção), limitações impostas pelos governos (liberdade fiscal e gastos governamentais), eficiência da regulação (liberdade empresarial, liberdade de trabalho e liberdade monetária) e abertura dos mercados (liberdade de comércio, liberdade de investimento e liberdade financeira).

No caso da Guiné-Bissau, e não obstante a referida "instabilidade continuada devido ao golpe militar de 2012, verificaram-se progressos claros na melhoria da liberdade económica dos seus cidadãos na última meia década", congratulam-se os autores do estudo.

A mesma fonte assinala que as "melhorias de resultado na casa dos dois dígitos no que respeita ao controlo dos gastos do governo e na liberdade empresarial" contam-se entre os progressos que permitiram ao país sair da categoria de “reprimido”.

"As melhorias conseguiram, até agora, criar os alicerces para estruturas de um mercado económico básico, mas muito tem ainda de ser feito para solidificar um ambiente institucional que promova um crescimento sustentado", alerta o texto.

Segundo a mesma análise, "a economia permanece muito fechada ao investimento e comércio externos, e o sector financeiro opera de forma bastante informal", sendo de lamentar que "regulamentos comerciais rígidos condenem muita da população a trabalhos informais, asfixiando o dinamismo e perpetuando a agricultura de subsistência como atividade económica dominante".

De acordo com os organizadores do ranking, a liberdade económica deve ser entendida como "o direito fundamental de todo ser humano a controlar o seu próprio trabalho e propriedade", sendo que, numa sociedade economicamente livre, as pessoas têm autonomia para "trabalhar, produzir, consumir e investir" da forma que quiserem, e os governos permitem que "o trabalho, os capitais e os bens circulem livremente, abstendo-se de coagir ou restringir a liberdade além do necessário para proteger e manter essa mesma liberdade".
 Lusa

Futebol


Campeonato nacional arranca esta semana

Bissau, 30 Jan 15 (ANG) - Os campeonatos de futebol da Guiné-Bissau têm arranque agendado para este fim-de-semana, disse quinta-feira à Lusa o segundo vice-presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau, Carlos Mendes Teixeira.

No novo formato, 14 equipas farão parte da primeira divisão e 25 da segunda, que será dividida em três séries, desaparecendo a terceira divisão, num formato decidido no último congresso da federação, realizado no princípio deste mês.

Até aqui, a primeira divisão comportava 10 clubes e a segunda 12, enquanto a terceira divisão era disputada por 15 clubes.

O grosso dos clubes do último escalão transitam para a segunda divisão, referiu Carlos Teixeira, dirigente da federação responsável pela pasta do futebol, devendo as zonas norte e sul comportarem oito equipas, enquanto a centro terá nove formações.

Como atrativo para a nova época, Carlos Teixeira disse que a federação está a trabalhar no sentido de proporcionar jogos no período da noite, desde que o governo disponibilize apoios nesse sentido.

A federação aguarda o desbloqueamento da subvenção anual por parte do governo e espera também por uma resposta sobre o pedido de ajuda financeira para policiamento dos jogos, sem que os clubes paguem.

"Com estes apoios do governo, seguramente que vamos ter um campeonato competitivo e atrativo", concluiu.  Bula Futebol Clube foi o vencedor da edição do campeonato da época passada.

A federação foi ainda mandatada para passar a organizar os campeonatos das primeira e segundas divisões de futebol feminino e dos escalões de formação (juniores e juvenis), competência que estava entregue à Liga Guineense de Clubes de Futebol desde 2008.
 A primeira jornada da primeira divisão terá os seguintes jogos:

Bijagós - Bula FC.

CF Balantas de Mansoa - Estrela Negra de Bissau.

Bolama - Sporting da Guiné-Bissau.

FC Cuntum - Portos da Guiné-Bissau.

UDIB - Benfica de Bissau.

Sporting Bafatá - FC Canchungo.

São Domingos - Bambadinca FC.

 Lusa


Cooperação


Normalizadas relações bilaterais entre Bissau e Praia

Bissau, 30 Jan 15 (ANG) –A Guiné-Bissau e Cabo Verde  assinaram quinta-feira quatro acordos de cooperação que marcam o retorno à normalidade das relações bilaterais, suspensas desde abril de 2012, e que passam pela instalação mútua de missões diplomáticas.

A decisão foi conhecida quarta-feira após a cerimônia de assinatura dos acordos de cooperação assinados na sequência da visita oficial de três dias a Cabo Verde efetuada pelo primeiro-ministro guineense, Domingos Simões Pereira, a convite do homólogo cabo-verdiano, José Maria Neves.

Se Cabo Verde já conta com um consulado da Guiné-Bissau na Cidade da Praia, aberto em 2010, a proposta dos dois chefes de Governo é elevar o respetivo estatuto a embaixada, devendo Bissau receber uma missão diplomática cabo-verdiana. Num caso, como noutro, não foi estabelecida uma data.

Outro documento rubricado pelos dois primeiros-ministros foi o Acordo Geral de Cooperação, estando já em curso a identificação das áreas, processo que deverá ser concluído dentro de duas semanas, quando uma missão governamental e empresarial de Cabo Verde, liderada pela ministra do Turismo, Investimentos e Desenvolvimento Empresarial, Leonesa Fortes, se deslocar à Guiné-Bissau.

O terceiro acordo diz respeito à criação de mecanismos de consulta sobre política e cooperação, para dar seguimento às ações, e o último prevê a promoção e proteção recíproca de investimentos.

No final, José Maria Neves adiantou também que está para breve a retoma, com duas frequências por semana, dos voos diretos entre as duas capitais, suspensas, tal como as relações oficiais, após o golpe de estado de 12 de Abril de 2012, que derrubou o Governo de Carlos Gomes Júnior na véspera da segunda volta de eleições presidenciais.

Por outro lado, o chefe do executivo guineense convidou o homólogo cabo-verdiano a visitar oficialmente a Guiné-Bissau ainda este ano, em data a acertar.

Os chefes dos executivos cabo-verdiano e guineense adiantaram que a prioridade da cooperação passa pelas áreas da governação - administração pública e reformas do Estado e da Segurança Social - e económico-empresariais - agronegócio, turismo, pescas, agricultura, transportes aéreos e marítimos e energias renováveis -, bem como nos domínios da educação, saúde e formação profissional.

Na deslocação a Cabo Verde, em que foi recebido pelas principais figuras do Estado cabo-verdiano, Simões Pereira foi acompanhado pela ministra da Justiça, Carmelita Pires, pelos secretários de Estado da Cooperação Internacional, Idelfrides Fernandes, e dos Transportes, João Bernardo Vieira, e pelo presidente das Câmara de Bissau, Adriano Ferreira.

Durante a estada, o primeiro-ministro guineense, que regressou quinta-feira à noite a Bissau, efetuou também uma deslocação às ilhas de São Vicente e da Boavista, em que, além de contactos oficiais locais, visitou várias empresas e instituições do Estado.

Lusa


Função Publica


“A Reforma é para acabar com burocracia, letargia e corrupção”, disse Nelson Belo

Bissau, 30 Jan 15 (ANG) - O ministro da Função Publica e Reforma Administrativa justificou a necessidade da implementação das reformas no sector para por cobro a “burocracia, letargia e corrupção reinantes no aparelho estatal, e torná-lo mais célere, eficiente e eficaz.

A justificação de Nelson Belo foi prestada à revista “Nô Administração”, uma publicação deste ministério, cuja edição de janeiro acaba de ser colocada nas bancas.

Belo disse que a reforma vai ainda evitar problemas como o “desleixo, o absentismo, a falta de ética e a impunidade”.

O ministro explicou que a reforma visa ainda modernizar os serviços por forma a torná-los mais rápidos, capazes de fazer prestações de qualidade e estar mais perto do cidadão, contribuindo assim para o combate a delapidação do erário público.

Nelson Belo afirmou que a presente situação na administração pública exige pessoas com qualidades capazes de responder aos desafios do mundo globalizado, por isso, “a reforma constitui um processo indispensável para modernizar todo o sistema do funcionamento da administração pública”.

Por essa razão, segundo o ministro, não existe alternativas a não ser seguir o caminho da reforma.

No quadro das novas medidas a implementar, o ministro informou que esta em vista a introdução do sistema de avaliação que ira permitir que cada servidor de Estado tenha a capacidade de ser mais produtivo e atingir as metas preconizadas.

Para concretizar o processo, Nelson Belo disse ter todo o apoio do elenco governamental e do próprio chefe do executivo para facilitar as mudanças.

“Sei que cada processo requerer resistências, mas esta será vencida pela própria conjuntura”, afirmou tendo referido ao facto dos cidadãos estarem interessados em acompanhar o ritmo da mudança capaz de criar nova mentalidade em relação ao tratamento do bem público.

Em relação aos benefícios explicou que o processo irá criar condições para que o Estado possa identificar os encargos que é possível suportar e conhecer o número dos funcionários públicos.

Afirmou que as estruturas do Estado devem ser adoptadas de  sistemas orgânicos de funcionamento que permitirão a identificação do número de postos e vagas existentes em cada departamento, contribuindo na gestão dos recursos humanos da administração pública.

Quanto ao aumento salarial que funcionários têm vindo a reclamar Nelson Belo respondeu que a questão precisa de tempo, porque neste momento o Estado desconhece o número real do seu efectivo, devido a interrupção do processo em 2012.

“O governo já tomou medidas que visam estabelecer uma certa justiça no tratamento dos funcionários públicos para que quando atingirem a idade limite possam ter uma reforma condigna”, concluiu.


ANG/LPG/JAM/SG 

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Desporto


Sport Bissau Benfica lança site oficial 

Bissau, 29 jan. 15 (Bissau) – A direcção do clube de futebol guineense, Sport Bissau e Benfica (SBB), lançou recentemente o seu site oficial de informações sobre o dia à dia do clube, refere  um comunicado do clube enviado à  ANG.

Segundo o presidente do Clube, Sérgio Marques esta realização “constitui mais um passo dentre as muitas vitorias que o clube pensa conquistar”.

 “Estamos a trabalhar em prol do nosso clube, em prol do nosso país e da nossa sociedade”, afirmou Sérgio Marques, tendo acrescentado que a sua direcção está a trabalhar para o desenvolvimento do futebol guineense.

“Queremos contribuir para o desenvolvimento do futebol guineense, estamos a trabalhar para ajudar a nossa juventude, para que cresça praticando desporto e que tenha acesso a uma educação cada vez melhor”, disse.

Marques disse que não pretendem, com a iniciativa, atingir somente os benfiquistas, mas também abrir o clube à toda a sociedade inclusive os guineenses de todas as tendências clubísticas e estratos sociais.

www.sbbenfica.com, é o  endereço através do qual os benfiquistas de diáspora podem acompanhar a caminhada benfiquista na Guiné-Bissau.

ANG/FGS/JAM/SG

30 de Janeiro


“Titina Silá simboliza o orgulho da mulher guineense”, diz líder da UDEMU

Bissau,29 Jan15 (ANG) - A Secretária-geral da União Democrática das Mulheres da Guiné-Bissau (UDEMU) considera que a heroína Titina Silá simboliza o orgulho da mulher guineense.

''Embora falecida, continuamos de cabeça erguida a seguir os seus ideais'' defendeu Eva Gomes, em declarações exclusivas à ANG, por ocasião da celebração de mais um aniversário da morte de Titina Silla, a 30 de Janeiro de 1973.

Titina Silá, que a responsável da UDEMU disse ser  ''uma mulher que desempenhava o  papel de homem'', faleceu na luta de libertação nacionaldeu a vida para libertar o país do jugo colonial.

“Titina vivia em Cadick Yalá depois foi para Cubucaré porque estava doente, quando o Nino Vieira foi mobilizar as pessoas para aderirem a luta encontrou-lhe e decidiu ingressa-la nas fileiras do PAIGC'', explicou Eva Gomes que acrescentou que mais tarde, Amílcar Cabral a teria enviado a Guiné-Conacri onde foi cuidar dos refugiados.

A secretária-geral da UDEMU informou que já realizaram várias atividades alusivo a data nomeadamente um torneio de futebol ganho pela  organização que dirige  e uma  palestra sob o tema “Mulher e Género e obra da Titina Silá”.

Em relação as actividades programadas para sexta-feira, dia em que Titina falecera na travessia do rio Farim, vitima de ataque militar colonial, Eva Gomes esclareceu que a UDEMU irá proceder a deposição de coroas de flor e a inauguração da estátua da heroína erguida na praça com o seu nome , em Bissau.

No âmbito das celebrações da data oficializada como  dia da mulher guineense, a Câmara Municipal de Bissau levou a cabo  obras de reabilitação da Praça Titina Sila, situada em frente ao liceu Nacional Kuame N’Krumah.

Os trabalhos de reabilitação abrangeram a reabilitação da rua de acesso à praça, a recuperação do jardim e a iluminação da zona.

ANG/JD/JAM/SG

Eleição na ANAG


Jaime Gomes concorre isolado a presidência da organização

Bissau, 29 Jan 15 (ANG) – Jaime Boles Gomes é a única candidatura que reúne as condições exigidas pela comissão eleitoral para a presidência da Associação Nacional dos Agricultores da Guiné-Bissau (ANAG), cuja escolha terá lugar dia 30.

A informação foi avançada hoje à ANG pelo porta-voz da referida comissão organizadora, Suanda Inforda.

Inforda disse  que  90 delegados oriundos de diferentes regiões do país, incluindo o Sector Autónomo de Bissau, estarão presentes na assembleia-geral da ANAG.

Suanda Inforda adiantou que a lei veda ao presidente cessante a possibilidade de se  recandidatar, depois de ter concluído dois mandatos.

A Associação Nacional dos Agricultores foi criada 1 de Março de 1993 com o objectivo principal de defender os interesses dos trabalhadores nas instancias de decisão e apoiar na organização dos camponeses.

Se for eleito sexta-feira, Jaime Gomes, que até então desempenhava as funções de vice-presidente da ANAG substitui no lugar, o ex-deputado Mama Samba Embalo.

ANG/AALS/JAM/SG

Navegação Marítima


Governo anuncia aquisição de navios para transporte de passageiros e cargas

Bissau, 29 Jan (ANG) - O Governo anunciou quarta-feira a aquisição de três navios para  transporte de passageiros e cargas a fim de melhorar o nível de segurança marítima e reduzir os riscos das adversidades do tempo e clima no mar.   

O anúncio foi feito  pelo Secretário de Estado
do Plano e Integração Regional, Degol Mendes, na cerimónia de abertura da conferência de investidores para aquisição dos referidos barcos, que decorreu em Bissau.

Degol Mendes justificou a compra das embarcações com a necessidade de aliviar as dificuldades das populações e reduzir os riscos de acidentes marítimo.

Disse que a conferência constitui uma oportunidade para troca de informações entre os representantes do Governo e potenciais fornecedores.

“Os navios Bária, Pecixe e IV Centenário se encontram na fase final de reparação e dentro de pouco tempo estarão operacionais para assegurar as ligações marítimas com a máxima segurança” informou o Secretário de Estado.

Degol Mendes assegurou que as ligações marítimas e fluviais irão permitir o abastecimento regular inter-ilhas e também à parte continental de  difícil acesso, facilitando o escoamento dos produtos agrícolas, gados e artesanatos, assim como viagens tranquilos e confortáveis por parte da população.

Mendes indicou que o naufrágio de 2012 e o ocorrido recentemente em Farim  e que ceifaram  vidas serviram de  motivos para que o governo recomendasse ao  Secretário de Estado dos Transportes a tomada de  medidas com vista a  melhoria das condições de segurança e conforto no transporte marítimo,  e ao combate ao isolamento das populações da zona insular.

Segundo o Secretário de Estado do Plano e Integração Regional, para além do aumento da segurança na navegação marítima, o governo comprometeu-se a construir os estaleiros naval  e portos que permitam embarque e desembarque de passageiros e cargas em melhores condições. 

ANG/FGS/JAM/SG

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Direitos Humanos


Situação da Guiné-Bissau em avaliação no Conselho de Direitos Humanos da ONU

Bissau, 28 Jan 15 (ANG) - A Guiné-Bissau aposta na melhoria da situação dos Direitos Humanos no país, e vai "redobrar esforços para dar um passo em frente" nessa matéria, disse terça-feira à Lusa em Genebra a presidente da Comissão Nacional dos Direitos Humanos.

Aida Fernandes, que falava no final da segunda avaliação da Guiné-Bissau pelo Conselho de Direitos Humanos, das Nações Unidas, salientou que o país já alcançou alguns sucessos no domínio do direito das crianças, da justiça, da defesa e da segurança.

A presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) salientou as reformas necessárias não podem ser feitas no curto prazo.

"As reformas não se fazem no espaço de tempo curto. É preciso dar tempo para poder conseguir alcançar os objetivos da reforma", disse.

Após esta avaliação, o desafio da CNDH é por em prática as recomendações saídas da reunião de Genebra e a sua divulgação no país.

Nesta segunda avaliação, as Nações Unidas fizeram 151 recomendações e a Guiné-Bissau tem até à 29ª sessão do Conselho dos Direitos Humanos, que decorrerá também em Genebra entre os dias 15 de junho e 03 de julho deste ano, que dar a sua resposta.

O primeiro exame da Guiné-Bissau decorreu em maio de 2010, tendo Bissau aceitado 101 recomendações, considerado duas como já executadas e rejeitado cinco.

O processo de EPU dá a oportunidade, a cada quatro anos, aos países membros de apresentarem um balanço da situação dos Direitos Humanos e de receberem recomendações para melhorarem a proteção e a aplicação daqueles direitos.

Desde abril de 2008, todos os 193 estados membros da ONU foram examinados no quadro do primeiro ciclo do EPU. No segundo ciclo, em curso, já foram avaliados 112 países.

Lusa

Política


Simões Pereira nega existência de mal-estar com Presidente Mário Vaz

Bissau, 28 Jan 15 (ANG) - O primeiro-ministro guineense garantiu terça-feira, na Cidade da Praia, a inexistência de qualquer mal-estar com o presidente da Guiné-Bissau, considerando que existe "falta de alguma concertação" num país que está a sair de uma situação "terrivelmente difícil".

Domingos Simões Pereira, que iniciou terça-feira uma visita oficial de três dias a Cabo Verde, falava aos jornalistas após um encontro com o presidente da câmara da Cidade da Praia, Ulisses Correia e Silva, e salientou tratar-se de um período que não é fácil, nem para si, nem para José Mário Vaz.

"É preciso compreender que a Guiné-Bissau está a sair de uma situação terrivelmente difícil, há muitos interesses em presença, os partidos políticos estão numa recomposição interna, o jogo político não está totalmente clarificado e compreendo que tudo isso não é muito fácil para o Presidente, nem para mim. Mas acredito que vamos conseguir um consenso que o povo guineense não só pede como exige", afirmou.

Domingos Simões Pereira ressalvou que a sua resposta não pode ser interpretada como o reconhecimento de que existe um mal-estar entre o primeiro-ministro e o Presidente.

"É na nossa agenda diária que precisamos de muito mais concertação do que aquilo que, noutras situações, seriam tidas como normais e que levam a pensar que existe um ambiente de crispação. Não. Estamos a aprender a consolidar o nosso processo democrático e isso tem de beneficiar da nossa disponibilidade, aprendizagem e desafios, mas também em encontrar soluções que permitam essa convivência", notou.

Para Simões Pereira, a situação da Guiné-Bissau é "especial" e a convivência é "algo que tem de ser aprendido", sendo precisamente esse o caminho que está a ser percorrido, podendo, em alguns momentos, parecer existir alguma falta de consenso sobre determinadas matérias.

"Quero acreditar que a democracia constrói-se pela capacidade de os atores reconhecerem os desafios e de produzirem os consensos suficientes para os ultrapassar. O interesse do povo guineense tem de ser colocado em primeiro plano e não tenho dúvidas nenhumas que o Presidente saberá fazê-lo", sustentou.

"A construção democrática é um processo. Estamos a fazer o nosso percurso, que tem de ser sempre monitorado pelos atores políticos nacionais que têm de cuidar disso, e criar condições para um diálogo heterogéneo inclusivo, mas tendo em atenção que há valores da Nação que valem a pena preservar", acrescentou.

Simões Pereira negou, por outro lado, qualquer intenção de remodelar o executivo, salientando que está "concentrado em governar", admitindo, porém, a morosidade na substituição do ministro da Administração Interna, nome que será conhecido, garantiu, assim que regressar a Bissau.

"Estamos concentrados em governar e não a atender a essas questões (remodelação ministerial). Os desafios que a Guiné-Bissau tem pela frente são tantos que precisamos que a comunidade internacional e os agentes da comunicação nos ajudem a atrair a atenção para aquilo que há de mais positivo", salientou.

Para o chefe do executivo guineense, o que há de mais positivo é o facto de existir um "consenso nacional" sobre o que é necessário para construir o país, consolidar a paz e a estabilidade e trazer ganhos que possam animar a população.

Sobre os militares, o chefe do executivo de Bissau destacou a construção de uma "relação de entendimento" com as Forças Armadas, sobretudo na intenção de fazer imperar da lógica de "subordinação" das Forças Armadas ao poder político.

Instado sobre o que espera da reunião com os doadores, prevista para Genebra em fevereiro ou março, Simões Pereira manifestou o desejo de que haja uma grande adesão, bem como "sinais concretos" de que a comunidade internacional está com o país e materialize financeiramente os vários programas de desenvolvimento em curso.
Lusa


Empresariado




Investidura da direcção da Associação de Jovens Empresários

Bissau, 27 Jan 15 (ANG) – A Direcção da recém-criada Associação Nacional de Jovens Empresários da Guiné-Bissau (ANJE-GB), foi empossada terça-feira, numa cerimónia presidida pelo Director do Gabinete do Presidente da Câmara de Comercio, Industria, Agricultura e Serviços da Guiné-Bissau (CCAIS).

 Na ocasião, Saliu Ba disse que a ANJE-GB não é apenas uma simples associação, porque doravante os seus associados serão vistos como empregadores e por isso têm muito trabalho a fazer.

“Há muitas directivas da União Económica e Monetária Oeste Africana (UEMOA) e da CEDEAO que serão implementadas por vocês como jovens beneficiários das novas tecnologias. São vocês que terão que acabar com o modelo da antiga geração,” aconselhou Saliu Bá sem precisar à que modelo se refere.

Por outro lado, apelou aos recém-empossados a inserirem-se no mercado de Bolsa de Valores da União, e recordou-lhes a necessidade de, a partir de agora, se preocuparem em dar as suas contribuições ao governo e se inscreverem os seus associados na Previdência Social.

No que diz respeito ao sector da castanha de caju, Saliu Bá aconselhou aos jovens empresários a discutirem com o governo, sobre a necessidade e prioridade da transformação local deste produto.

Por seu turno, o Presidente da ANJE-GB, Luís Amílcar da Mata Sambu, classificou a organização como “preciosa alavanca” do presente, para se afirmar no mundo de negócios.

“Na nossa leitura, o país tem que começar a traçar novos horizontes e subir para importantes patamares. Por isso, são necessária uma maior mobilização e envolvimento da sociedade guineense em toda a sua dimensão em torno das grandes questões,” disse Luís Amílcar.

 Acrescentou que nos últimos tempos têm assistido um apoio louvável do governo que permitir que, em tempo record, se formalize as empresas.

Sambu afirmou que esse apoio incentiva e convida aos empresários a uma maior dinâmica na congregação de esforços com vista ao desenvolvimento de actividades empresariais.

 Para Luís Sambu, o país pode atingir um desenvolvimento económico sustentável se a classe empresarial mostrar uma dinâmica reveladora de crescimento estratégico.

“Para que isso aconteça é necessário que o governo, em parceria com o Sector Privado, actue com mecanismos e estratégias que promovam um ambiente de negócios favorável no mercado nacional, disse.


ANG/LLA/JAM/SG 

UEMOA


Comité Inter-parlamentar reunido em Bissau

Bissau, 28 Jan 15 (ANG) - Os deputados-membros do Comité Inter-Parlamentar (CIP) dos países membros da União Econômica e Monetaria Oeste Africana (UEMOA) estão reunidos desde segunda-feira em Bissau no âmbito do primeiro encontro anual da organização que devera aprovar  o orçamento para o presente ano.

A cerimonia de abertura foi presidida pelo Primeiro-ministro, domingos Simões Pereira que, na ocasião, realçou a importância dos apoios dados à Guiné-Bissau pelos restantes países membros durante o período que se seguiu ao golpe de Estado e, posteriormente, as eleições gerais de 2014.

O chefe do executivo realçou a importância dos trabalhos do  CIP-UEMOA, e expressou o reconhecimento das autoridades guineenses em relação aos trabalhos que têm desenvolvido.

“Se não tivesse sido o vosso apoio, não poderíamos falar hoje do retorno à Ordem Constitucional, através da realização de eleições gerais na Guiné-Bissau e que permitiu-nos ter um Presidente da Republica, um parlamento e um governo democraticamente eleitos”, reconheceu o chefe do executivo.

O Presidente do CIP-UEMOA,Victor Dangnon disse que ao longo dos 5 dias, serão debatidos  o anti-projecto da ordem do dia da 35ª sessão ordinária, o relatório anual das actividades da organização, o estado dos preparativos da  conferencia das mulheres parlamentares, entre outros.


ANG/JAM/SG

Crianças órfãs



Governo cria centro de acolhimento em Morés

Bissau,27 Jan 15 (ANG) - A ministra da Mulher, Família e Coesão Social disse que o Governo pretende reabilitar o antigo Internato de Morés num Centro de Acolhimento e Formação para crianças órfãos, a partir de 2016.

Em entrevista exclusiva à ANG, Biloni Nhama Na Nhasse informou que existe já uma maquete e orçamento para a edificação da referida obra em Morés, um histórico Lar-escola dos tempos de luta de Libertação Nacional, situado no Norte da Guiné-Bissau.

"Vamos, juntamente com a Comissão Especializada do parlamento para Área Social, da Mulher e Criança e a ONG Plan Internacional, realizar uma visita ao local, na próxima semana, para constarmos “in loco” o estado actual das instalações do que foi no passado o Internato de Morés", disse a governante.

Biloni Na Nhasse disse ainda     que pretendem iniciar os trabalhos de reabilitação do referido centro, o mais tardar, até meados de Julho do ano em curso e para iniciar o acolhimento das crianças em 2016.

Perguntado sobre se o projecto vai ser financiado pelo Governo na sua totalidade, a ministra da Mulher, Família e Coesão Social disse que não, acrescentando que já estão a bater as portas dos parceiros para angariar financiamento para a obra.

Referindo-se ao balanço das acções que a sua instituição levou a cabo durante cerca de seis meses de governação, Biloni Nhasse disse que realizaram um "Retiro" em Canchungo onde discutiram e aprovaram as suas Leis Orgânicas e elaboração de Programas de Acções para 2015.

"No ano passado, efectuamos vários apoios às famílias sinistradas em particular as que as suas casas foram destruídas pelas tempestades e o fogo, e recenseamos 316 casas em Bissau e nas regiões para efeitos de elaboração de projectos de financiamentos que vamos submeter aos doadores”.
A ministra acrescentou que fizeram igualmente gestos de apoio as famílias vitimas de naufrágio recentemente ocorrido no Rio Farim.

No que tange a campanha de prevenção do ébola, de acordo com a governante, foram realizadas acções de formação e sensibilização das mulheres de diferentes associações sobre o perigo dessa doença.

"No quadro das nossas acções programadas, visitamos o Hospital Pediátrico de Bôr, a Escola de Surdos e Mudos, o Lar Betel, Centro de Acolhimento de AMIC, onde inteiramos do estado como funcionam", salientou.

Afirmou que evacuaram algumas crianças para efeitos de tratamento em Portugal.

Biloni Na Nhasse declarou que tem em manga a criação de um Fundo Social para a assistência aos grupos vulneráveis e às famílias vitimas de calamidades.

ANG/AC/JAM/SG





terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Morte de Fafali Kudawo


Governo realiza homenagem ao acadêmico

Bissau, 27 Jan 15 (ANG) – O governo guineense vai no próximo sábado render uma homenagem ao ex-Director-Geral do projecto Voz da Paz e reitor da Universidade Colinas de Boé, Fafali Kudawo, falecido no passado dia 23 do mês em curso.

O anúncio foi feito segunda-feira pelo Primeiro-Ministro, à margem da cerimônia de abertura de mais uma reunião da Comissão Inter-parlamentar da União Econômica e Monetária Oeste Africana que termina no próximo dia 30.

“O acordo à que chegamos com os familiares e o governo de Togo é de realizarmos as cerimônias aqui e estamos a trabalhar no sentido de reservar ao malogrado uma cerimônia de distinção”, disse Domingos Simões Pereira.

Para o executivo, “trata-se da figura de uma pessoa “muito grande” e que “me suscita um grande respeito” por tudo o que Fafali Kudawo representou na vida”.

Casado e pai de 3 filhos, Fafali Kudawo é natural de Togo mas fez da Guiné-Bissau sua segunda pátria. Faleceu em Bissau no passado dia 23, vítima de doença prolongada.

Os seus restos mortais aguardam as cerimônias exéquias na câmara ardente do Hospital Simão Mendes.


ANG/JAM/SG