quarta-feira, 14 de janeiro de 2015


Incêndio na Ilha de Formosa

Teniguena lança campanha de apoio às vítimas

Bissau, 14 Jan 15 (ANG) - Um incêndio destruiu em dezembro as casas de 144 pessoas na ilha Formosa, na Guiné-Bissau, e uma campanha está a ser lançada para ajudar a população afetada, anunciou terça-feira a Associação de Desenvolvimento Tiniguena.


Aspecto de casas vitimas de incendio em Formosa
"O incêndio da tabanca (aldeia) de Ambo foi o maior ocorrido nos últimos anos nas ilhas Urok", explicou Miguel de Barros, diretor executivo da associação.

"De imediato é bem-vinda qualquer ajuda em roupa, géneros alimentícios de longa conservação ou contribuição pecuniária", numa conta bancária que será aberta nos próximos dias, acrescentou aquele responsável, numa carta distribuída através da Internet.

O incêndio teve origem numa queimada junto à aldeia, a 19 de dezembro, e destruiu 23 casas que davam abrigo a 144 pessoas, entre as quais 33 crianças com menos de sete anos de idade.

Na altura, a maioria da população estava em terrenos circundantes, em atividades rurais, e os que ficaram na aldeia não conseguiram enfrentar a fúria das chamas, agravadas pelo vento.

Segundo Miguel de Barros, as prioridades estão identificadas: "alimentos e roupa para suprir as necessidades das famílias mais atingidas durante os próximos 15 dias, enquanto outros meios mais avultados são mobilizados".

As populações já estão a reerguer as suas casas, construídas "em adobe" e que vã cobrir "assim que a palha estiver disponível".

A médio prazo, no quadro dos projetos da Tiniguena em Urok, "vai ser favorecido o acesso rápido a microfinanciamentos para retoma das atividades económicas".

Em particular, será dada atenção à reconstituição do armazenamento de "sementes adaptadas e no acesso a outros fatores de produção" destruídos com o fogo e que são necessários para a próxima campanha agrícola.

Nesta fase, o apelo é feito para "contribuições e ajudas de outros parceiros, assim como instituições públicas, com a celeridade que a gravidade da situação impõe, mas sem se substituir ao esforço interno que as famílias e comunidades locais já estão a fazer para ajudar as populações de Ambo a reconstruirem suas vidas", concluiu.  Lusa

 

 

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