“PAIGC não podia dar anuência a discussão do programa de
um governo ilegal e inconstitucional”, diz Hélder Barros
Bissau,23
Fev 17(ANG) – O deputado do PAIGC, Hélder Barros disse à Lusa no final da
reunião da Comissão Permanente que o seu partido «não podia dar a sua anuência
para a discussão do programa de um Governo ilegal e inconstitucional».
A
Comissão Permanente do Parlamento da Guiné-Bissau, composta de 15 elementos,
chumbou na quarta-feira o pedido do governo para um debate do seu programa em
sessão plenária do órgão.
Nove
deputados do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC)
votaram contra, e os restantes parlamentares do Partido da Renovação Social
(PRS) votaram a favor do agendamento.
Em
nome dos deputados do PRS, Artur Sanhá considerou ser este um «dia triste», por
o PAIGC ter impedido a discussão do programa do governo liderado por Umaro
Sissoco Embaló.
Sanhá
defendeu que não compete à Comissão Permanente do Parlamento agendar ou não
agendar aquela matéria, que disse ser de «interesse nacional».
O
deputado do PRS propõe um «debate nacional sério, em busca de uma saída para a
crise política que se vive na Guiné-Bissau».
O
presidente do Parlamento guineense, Cipriano Cassamá, disse lamentar a rejeição
do debate do programa do Governo, que afirmou ser fruto da «persistência de
desavenças entre as duas principais bancadas no Parlamento», PAIGC e o PRS.
Cipriano
Cassamá disse ainda que já na quinta-feira vai solicitar uma audiência de
trabalho ao chefe de Estado, José Mário Vaz, a quem vai levar uma proposta de
solução para acabar com o impasse político.
ANG/Lusa
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