Ramos Horta defende cumprimento do Acordo de
Conacri
Bissau,10 Fev 17
(ANG) – O Prémio Nobel da Paz e antigo representante da ONU em Bissau disse que
a saída da crise passa pelo diálogo e apelou a entendimento entre os principais
actores políticos guineenses.
Ao falar nesta
quinta-feira, à margem do Simpósio Internacional sobre Reconciliação, a
decorrer aqui em Bissau, defendeu um consenso entre as partes em conflito.
“Acredito que tem que ser com base no Acordo
de Conacri, desde que haja consenso, pois, os acordos não são uma bíblia e não
são inalteráveis. É preciso que peguem o acordo e vejam onde é que podem haver
recuos, arranjos e aditamentos, e assim avançar até as próximas eleições”,
defendeu o antigo Presidente timorense
Ramos Horta, que
há três anos deixou o país no termo da sua missão como representante das Nações
Unidas em Bissau, recomenda, os actores políticos a uma maior cooperação,
sobretudo, entre os principais órgãos da soberania.
Na sua exposição
“Os desafios da reconciliação nacional”, o antigo Presidente de Timor-Leste
conclui que a fragilidade das instituições do Estado representa um dos
problemas mais sérios que os guineenses enfrentam.
“É preciso maior
serenidade e paciência e é preciso também o sentido do Estado, por parte de
todos, para ultrapassarem este impasse, porque também só faltam dois anos para
as próximas eleições. Acredito que mais algum esforço, para frente, é possível
selar um acordo que permita o Governo fazer passar o seu programa e orçamento”,
concluiu Ramos-Horta.
A Voz de América
disse haver Informações segundo as quais a CEDEAO pretende enviar a Bissau, uma
missão diplomática visando obrigar as partes a cumprir Acordo de Conacri, como
instrumento para o envolvimento de todas as partes.
ANG/VOA
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