Guiné-Bissau- único lusófono que melhorou sua posição no índice
Bissau, 17 Fev 17
(ANG) - Os países africanos de língua portuguesa continuam na parte inferior do
Índice de Liberdade Económica de 2017, da Heritage Foundation, divulgado nesta
quinta-feira, 16 de Fevereiro.
Segundo a Voz de América, a Heritage Foundation
revela que a Guiné-Bissau é o único lusófono que subiu, passando do lugar 145
para 119, embora o "dinamismo do sector privado continue
constrangido".
Cabo Verde é o melhor colocado, na 116ª. posição,
com 56,9 pontos em 100, no grupo de economias maioritariamente não livres, mas
foi aquele que teve a maior queda em relação a 2016.
Moçambique, Angola e Timor-Leste integram grupo das
economias reprimidas.
No ano passado, o arquipélago ocupou a 57ª.
posição, o que, segundo os autores do estudo se deve ao facto de se ter
beneficiado “da manutenção da moderada estabilidade monetária e de uma
relativamente elevada abertura de mercado que facilitou as trocas comerciais e
investimento" externo.
Entretanto a Heritage Foundation diz que o país
repeita os benefícios para a economia de “um quadro jurídico sólido e
transparente”.
O relatório aponta no entanto para as “limitadas
tentativas de reforma estrutural” que geraram um progresso “desequilibrado no
desenvolvimento económico”.
Com 55,4 pontos em 100, São Tomé e Príncipe surge
na 124ª. posição, ainda no grupo de países maioritariamente não livres.
As duas maiores economias lusófonas em África,
neste caso Angola e Moçambique também desceram e integram o grupo de economias
reprimidas.
Com 49,9 pontos, Moçambique está no lugar 158,
enquanto Angola obteve 48.5 pontos, ocupando a 165ª. posição.
As reformas para incentivar o desenvolvimento em
Moçambique são consideradas positivas, de acordo com o estudo que, no entanto,
considera que “o progresso tenha sido muito gradual" e que a privatização
das empresas estatais abrandou.
“O grande choque estrutural resultante da queda dos
preços do petróleo” foi apresentado como a principal causa da queda de Angola e
a sua manutenção na cauda do Índice de Liberdade Económica, que ainda alerta
para a incerteza das receitas do petróleo.
Quanto aos demais países lusófonos, Portugal caiu
13 lugares e agora ocupa o 77º, no grupo dos maioritariamente livres, enquanto
o Brasil desceu da 122.ª para a 140.ª posição.
O documento aponta como causas para esta queda a
crise política e a redução dos preços.
O país pior classificado é Timor-Leste, na posição
173.
O Índice de Liberdade Económica diz, no entanto,
que a liberdade económica avançou na maioria dos países do mundo durante o ano
passado.
A nível global houve um aumento de 0,2 ponto para
um nível recorde de 60,9 na escala 0-100.
No índice 2017 em que estão 186 países, 103 países,
a maioria dos quais são economias menos desenvolvidas ou emergentes,
apresentaram avanços na liberdade económica. ANG/VOA
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