Cabo Verde, São Tomé e Timor-Leste melhores lusófonos no combate à doença – OMS
Bi ssau,
29 Nov 17 (ANG) – Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste reduziram
significativamente em sete anos o número de óbitos e de casos de malária,
indica hoje um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a situação
do paludismo no mundo.
Sem
Portugal no documento, os restantes oito Estados membros da Comunidade de
Países de Língua Portuguesa (CPLP) – Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau,
Guiné Equatorial, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste -, surgem no
relatório, com o arquipélago cabo-verdiano a destacar-se pela positiva.
Ainda
sem a contabilização dos dados referentes a 2017, Cabo Verde surge no documento
como o melhor país lusófono, com uma média inferior a 10 mortes em 2010, 2011 e
2014 e 2016, reportando mesmo zero em 2012, 2013 e 2015.
Segundo
a OMS, Cabo Verde tem registado sempre menos de 100 casos por ano (2010, 2013,
2014 e 2016), tendo contabilizado mesmo uma média inferior a 10 em 2011, 2012 e
2015.
Quase
idêntico é o cenário em São Tomé e Príncipe que, nos últimos três anos (2014,
2015 e 2016) não registou qualquer morte por paludismo, recenseou menos de 10
em 2012 e menos de 100 em 2010, 2011 e 2013.
No
entanto, ao contrário de Cabo Verde, o número de casos médios anuais é bastante
elevado, sobretudo o pico de cerca de 12.500 registado em 2012 – vinham a subir
desde 2010 (2.700) e 2011 (8.000), descendo progressivamente para 9.000 (2013),
1.800 (2014) e 2.100 (2015), aumentando para 2.200 no ano passado.
Com uma
evolução também positiva surge Timor-Leste que, depois de em 2010 ter registado
220 óbitos, desceu para menos de 100 nos dois anos seguintes, para menos de 10
em 2013 e sem qualquer morte desde 2014.
As
estatísticas revelam também uma queda abrupta no número de casos de paludismo
em Timor-Leste, uma vez que, em 2010, o total foi de 78.800, descendo
sucessivamente até 2015 – 27.780 (2011), 7.000 (2012), 1.500 (2013), 400 (2014)
e menos de 100 (2015), para registar 120 em 2016.
Desde
2010, ano em que o relatório da OMS utiliza como comparação, o Brasil, o país
mais populoso da comunidade lusófona, tem mantido uma constância no número de
óbitos, sempre com menos de 100.
A
constância do número de mortos contrasta com a forte descida no de casos, pois
desde 2010 que não para de descer – 370.000 (2010), 295.000 (2011), 288.200
(2012), 196.700 (2013), 154.100 (2014), 153.000 (2015) e 137.300 (2016).
O mesmo
cenário de constância quase acontece na Guiné-Bissau a manter também uma média
anual de 600 óbitos ao longo dos sete anos de referência, em que o total de
casos desceu entre 2010 e 2015 – 78.400, 72.400, 66.100 55.500, 52.200 e 46.900
-, para voltar a aumentar ligeiramente em 2016, com 47.900.
Com
totais de mortes inferiores a mil nos últimos sete anos está também a Guiné
Equatorial, embora com variações antagónicas ao longo desse período: dos 500
óbitos registados em 2010, subiu para 700 em 2011, para 800 em 2012 e para 900
em 2013, mantendo uma média anual de 800 desde 2014.
No
entanto, o número médio de casos anuais de malária no mais recente Estado
membro da CPLP quase duplicou entre 2010 e 2016 – 93.900 (2010), 151.700
(2011), 185.400 (2012), 206.500 (2013), 174.800 (2014), 173.700 (2015) e
178.100 (2016).
ANG/Inforpress/O panorama
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