Greenpeace
pede protecção para África Ocidental
Bissau, 28 Nov 17 (ANG) - - A Greenpeace apela aos
governos da África Ocidental, bem como as nações que pescam ou importam pescado
da região, para juntos se engajarem na proteção de milhões de africanos que são
diretamente afetados pelas frotas desenfreadas de pesca industrial.
Segundo um comunicado à imprensa, que cita o relatório – “O Custo da destruição do Oceano”, divulgado recentemente em Dakar, a organização solicita também que as autoridades divulguem informações sobre navios e tripulações que foram detidos durante patrulhas conjuntas da Greenpeace e inspetores de pesca de países africanos na passada primavera.
Segundo um comunicado à imprensa, que cita o relatório – “O Custo da destruição do Oceano”, divulgado recentemente em Dakar, a organização solicita também que as autoridades divulguem informações sobre navios e tripulações que foram detidos durante patrulhas conjuntas da Greenpeace e inspetores de pesca de países africanos na passada primavera.
Em apenas 20 dias, a Greenpeace em colaboração com inspectores de pescas da
Guiné, Guiné-Bissau, Serra Leoa e Senegal, registou 17 navios infringindo
regras aplicáveis, sendo que 11 desses navios foram presos por infrações que
incluiu o transbordo ilegal, pesca ilegal em violação das condições de licença,
utilização de redes ilegais e pesca de tubarões procedendo ao corte de suas
barbatanas.
No entanto,
depois de seis meses, todos os 17 navios continuam licenciados para pescar nas
águas da África Ocidental, e na maioria dos casos, as autoridades locais não
respondem às solicitações da Greenpeace de esclarecer que medidas legais foram
tomadas após as prisões.
O comunicado refere que as autoridades chinesas
ordenaram as autoridades locais para punir os capitães de alguns dos navios
chineses envolvidos nas infrações, enquanto subsídios específicos para suas
operações também foram cancelados.
O relatório “O Custo da Destruição do Oceano”, detalha
como pescadores e comunidades da África Ocidental continuam a sofrer as
consequências da sobrepesca e pesca ilegal na região e traz recomendações
específicas para os Governos sobre como resolver esta crise.
Pavel Klinckhamers, responsável do projeto da Greenpeace na Holanda, afirmou que
“A situação atual que se regista na Àfrica Ocidental é resultado de décadas de sobrepesca e inação, mas é também resultado de compromissos de governos da Africa Ocidental e nações estrangeiras de atividade pescatória como a China, Coreia do Sul e UE, que nunca foram traduzidas em realidade”.
Pavel Klinckhamers, responsável do projeto da Greenpeace na Holanda, afirmou que
“A situação atual que se regista na Àfrica Ocidental é resultado de décadas de sobrepesca e inação, mas é também resultado de compromissos de governos da Africa Ocidental e nações estrangeiras de atividade pescatória como a China, Coreia do Sul e UE, que nunca foram traduzidas em realidade”.
Klinckhamers acrescenta
que as comunidades costeiras são as
únicas a sofrerem com essas ações e elas não podem esperar mais..
“ Os países africanos e os
países estrangeiros que praticam atividade pescatória na região precisam mudar
suas práticas e adotar políticas que melhorem as condições de vida das
comunidades afetadas, das quais dependem sua sobrevivência.”, disse.
A Grenpeace considera que , em geral, a falta de informação sobre cada caso é sintomática à falta de transparência e de responsabilização dos governos quando se trata de políticas de pescas.
"Os países da África Ocidental continuam assinando novos acordos de pesca com países estrangeiros, mesmo sem ter meios para monitorar suas atividades e sem ter em conta os interesses dos pescadores locais. Este tipo de prática tem consequências desastrosas para o ambiente marinho, para os pescadores locais, e consequentemente, para as comunidades Africanas", disse Pavel Klinckhamers.
Um dos principais intervenientes na pesca da região, a China, está actualmente a realizar uma revisão das suas Disposições para a Administração de Pesca Longínqua. A revisão incluirá novas sanções para a pesca IUU que é crucial para garantir a transparência, a eficácia da execução, o reforço e a aplicação efectiva das medidas de punição pela costa da África Ocidental, quando as embarcações infringem a lei.
A Grenpeace considera que , em geral, a falta de informação sobre cada caso é sintomática à falta de transparência e de responsabilização dos governos quando se trata de políticas de pescas.
"Os países da África Ocidental continuam assinando novos acordos de pesca com países estrangeiros, mesmo sem ter meios para monitorar suas atividades e sem ter em conta os interesses dos pescadores locais. Este tipo de prática tem consequências desastrosas para o ambiente marinho, para os pescadores locais, e consequentemente, para as comunidades Africanas", disse Pavel Klinckhamers.
Um dos principais intervenientes na pesca da região, a China, está actualmente a realizar uma revisão das suas Disposições para a Administração de Pesca Longínqua. A revisão incluirá novas sanções para a pesca IUU que é crucial para garantir a transparência, a eficácia da execução, o reforço e a aplicação efectiva das medidas de punição pela costa da África Ocidental, quando as embarcações infringem a lei.
Além disso, um
número de novos acordos de pesca estão atualmente sendo elaborados.
No mês passado, a China assinou um acordo de longo
prazo com a Serra Leoa e Mauritânia e a UE está formulando um novo protocolo de
pesca com a Guiné Bissau, já que o actual expirará no final deste mês.
De acordo com
informações não confirmadas, Senegal e Rússia também estão mantendo
conversações em torno da reintrodução da frota de pesca industrial da
Rússia, que foi expulso do Senegal em 2012.
“Este sector emprega diretamente um milhão de pessoas e gera $3 bilhões anualmente. Deste mod, é necessário que as nações estrangeiras de atividade pescatória nessa região garantam que suas frotas não prejudiquem a sustentabilidade das pescas nos países em que operam", diz Ibrahima Cisse, coordenador sénior da campanha dos oceanos da Greenpeace em África. ANG/Greenpeace
“Este sector emprega diretamente um milhão de pessoas e gera $3 bilhões anualmente. Deste mod, é necessário que as nações estrangeiras de atividade pescatória nessa região garantam que suas frotas não prejudiquem a sustentabilidade das pescas nos países em que operam", diz Ibrahima Cisse, coordenador sénior da campanha dos oceanos da Greenpeace em África. ANG/Greenpeace
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