sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Política



 “Eu perdoei todas as pessoas que estiveram envolvidas na tentativa de me assassinar”, diz Iancuba Indjai 

 Bissau,17 Nov 17(ANG) - O líder do Partido de Solidariedade e Trabalho (PST), Iancuba Indjai disse numa entrevista exclusiva ao semanário O Democrata, que, há muito tempo, decidiu perdoar todas as pessoas que estiveram envolvidas na tentativa de o assassinar no dia 22 de outubro de 2012.
 
Disse que tomou-a  em nome de uma verdadeira reconciliação, e que desejaria  que  todos aqueles que se sentiram injustiçados ou torturados tomassem a mesma decisão.
Djola Indjai criou e dirigiu a Frente Nacional Anti Golpe (FRENAGOLPE), uma iniciativa que exigia reposição da ordem constitucional, depois do golpe de Estado de 12 de Abril de 2012, conduzido pelo ex-chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, General António Indjai. 

Iancuba Indjai fora sequestrado por um grupo de pessoas desconhecidas nas instalações da sede do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), onde se encontrava a reunir com os dirigentes daquela formação política, que também faziam parte da FRENAGOLPE.

Em entrevista ao  O Democrata  explicou que está a 100 por cento disponível para regressar ao país que o viu nascer.  Ndjai se encontra exilado em Portgugal.

Acrescentou que está muito bem de saúde e assegurou que o seu estado de saúde é o resultado do trabalho de muitos médicos tradicionais e modernos, desde os médicos de ECOMIB em Bissau, médicos do hospital militar de Dakar (Senegal) e por último os médicos neurologistas franceses que o trataram durante oito meses.

Assegurou ainda que na qualidade do combatente da liberdade da pátria, sente o dever de voltar à Guiné-Bissau para  dar a sua modesta contribuição para o desenvolvimento democrático e sustentável do país. 

Lembrou, neste particular, que o regresso dos exilados é o resultado da vontade popular expressa por mais de 70 mil guineenses que subscreveram a petição pública para o regresso de todos os exilados políticos.

Sublinhou por isso, que a iniciativa não é de um grupo de pessoas como se diz, mas de milhares de pessoas que, sob a coordenação do Movimento “Nó Djunta Mon pa Fidju di Guiné Riba Casa”, pedem o regresso de todos os guineenses à pátria. 

ANG/O Democrata

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