“Eu perdoei todas as pessoas que estiveram
envolvidas na tentativa de me assassinar”, diz Iancuba Indjai
Bissau,17
Nov 17(ANG) - O líder do Partido de Solidariedade e Trabalho (PST), Iancuba
Indjai disse numa entrevista exclusiva ao semanário O Democrata, que, há muito
tempo, decidiu perdoar todas as pessoas que estiveram envolvidas na tentativa
de o assassinar no dia 22 de outubro de 2012.
Disse que tomou-a em nome de uma verdadeira reconciliação, e que
desejaria que todos aqueles que se sentiram injustiçados ou
torturados tomassem a mesma decisão.
Djola Indjai criou e dirigiu a Frente Nacional Anti
Golpe (FRENAGOLPE), uma iniciativa que exigia reposição da ordem
constitucional, depois do golpe de Estado de 12 de Abril de 2012, conduzido
pelo ex-chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, General António
Indjai.
Iancuba Indjai fora sequestrado por um grupo de
pessoas desconhecidas nas instalações da sede do Partido Africano da
Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), onde se encontrava a reunir com os
dirigentes daquela formação política, que também faziam parte da FRENAGOLPE.
Em entrevista ao
O Democrata explicou que está a 100
por cento disponível para regressar ao país que o viu nascer. Ndjai se encontra exilado em Portgugal.
Acrescentou que está muito bem de saúde e assegurou
que o seu estado de saúde é o resultado do trabalho de muitos médicos
tradicionais e modernos, desde os médicos de ECOMIB em Bissau, médicos do
hospital militar de Dakar (Senegal) e por último os médicos neurologistas
franceses que o trataram durante oito meses.
Assegurou ainda que na qualidade do combatente da
liberdade da pátria, sente o dever de voltar à Guiné-Bissau para dar a sua modesta contribuição para o
desenvolvimento democrático e sustentável do país.
Lembrou, neste particular, que o regresso dos
exilados é o resultado da vontade popular expressa por mais de 70 mil
guineenses que subscreveram a petição pública para o regresso de todos os
exilados políticos.
Sublinhou por isso, que a iniciativa não é de um
grupo de pessoas como se diz, mas de milhares de pessoas que, sob a coordenação
do Movimento “Nó Djunta Mon pa Fidju di Guiné Riba Casa”, pedem o regresso de
todos os guineenses à pátria.
ANG/O Democrata
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