CEMGFA apela aos cidadãos civis para não se interferirem em assuntos militares
Bissau,
17 Nov 17 (ANG) – O Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA)
apelou quinta-feira aos guineenses civis para se abdicarem de interferir em
assuntos militares.
Biaguê
Na Ntan que dirigia uma mensagem alusivo à comemoração do Dia das Forças
Armadas Revolucionarias do Povo (FARP), que se assinala a 16 de novembro, disse
que o apelo vem na sequência das recentes especulações difundidas na imprensa
nacional e estrangeira segundo as quais ele teria entregado ao Chefe de Estado,
José Mário Vaz um pedido de demissão das suas funções.
Referindo-se
ao evento, Biagué Na Ntan afirmou que antes da criação das FARP, já existia uma
força de guerrilha que desempenhava cabalmente as suas funções para que foi
criada.
Informou
que na dinâmica da própria guerra, o mesmo transformou-se num exército regular
organizado e bem treinado cuja missão era exclusivamente combater contra o exército
colonial português.
Explicou
que com a existência das FARP, foram criadas condições mínimas para formação
dos jovens quadros das forças armadas possuindo assim um comando organizado que
permite dar respostas operativas de ponto de vista militar.
O
CEMGFA referiu que foram estes homens que facilitaram o processo da independência,
proclamada em 24 de setembro de 1973, em Madina de Boé, no leste do país.
Acrescentou
que depois da independência, as Forças Armadas sofreram várias transformações
até a abertura ao multipartidarismo em 1991, tornando-se apartidário, deixando
de ser braço armado de qualquer força política.
“Apesar
disso, não escapou as influências dos políticos e, como consequência, o país
mergulhou numa crise político-militar em 1998, que dividiu as forças armadas
até ao passado recente e as sequelas da
referida crise foram apagadas com as eleições gerais em 2014”, referiu.
Na
Ntan clarificou que graças a liderança ponderada e equilibrada da atual
direcçâo das Forças Armadas, o país
respira ar de alívio, que permitiu as instituições políticas
desempenharem as suas funções com segurança.
Explicou
que três anos após a sua nomeação para o cargo do CEMGFA os militares realizaram
entre outras obras, a reabilitação das
casernas militares na Fortaleza de Amura, a restruturação das Forças Armadas,
formações no exterior, capacitação dos oficiais subalternos e sargentos em
Cumeré e a preparação da Escola de São Vicente para curso de promoção de
quadros permanentes.
Em relação
as atividades desenvolvidas, disse que transformaram o clube de Estrela Negra
em Hotel Militar, reativaram os acordos com países amigos, relançaram a produção
agrícola, o processo de recrutamento es novos mancebos, cuja formação está em
curso.
Por
sua vez. o Chefe de Estado Maior da Força Aérea, Ibraima Papa Camará elogiou o CEMFA pelo esforço e empenho que tem dado
aos militares e agradeceu o Reino de Marrocos pela oferta de novo fardamento
aos três ramos das Forças Armadas da Guiné-Bissau.
As
FARP foram fundadas em 16 de Novembro de 1964 e durante a cerimónia de comemoração
da efeméride estiveram presentes os ministros das Obras Públicas, dos Negócios
Estrangeiros e Conselheiro Militar das Nações Unidas.
ANG/JD/ÂC/SG
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