“Construção
da segunda fase do Porto de Pescas de Bandim arranca em Janeiro de 2018”, diz
Director Administrativo
Bissau,08 Nov 17(ANG) – O
Director Administrativo do Porto de Pesca de
Bandim, em Bissau, afirmou que as obras de construção da segunda fase do
projecto pode arrancar em meados de Janeiro de 2018 se tudo correr como
previsto.
Hugo Nosoline Vieira, em
entrevista exclusiva à ANG, disse que o projecto custa 26 milhões de dólares e é
um don do governo chinês, explicando que o acordo do financiamento já foi
assinado há três meses e que se encontra na fase de prospecção.
“Desde a assinatura do
acordo, três equipas técnicas chineses já estiveram no país. A primeira equipa
veio apresentar o projecto de igual forma como foi solicitado pelo governo.
A
segunda fez o levantamento topográfico não só na terra como no mar, e nesta
altura está uma equipa que está a fazer a prospecção geológica”, informou.
A referida prospecção
geológica resultou em 24 furos em terra e mar e cujos solos serão analisados
num laboratório como uma das condições premissas para ultimar o projecto.
“Se os resultados forem
satisfatórios penso que daqui a meados de Janeiro de 2018 o projecto
propriamente dito vai arrancar com construções. Antes disso, será realizada uma visita técnica de adopção do propjecto”, explicou.
Perguntado sobre o que se
pode esperar do Porto de Pesca de Bissau em termos de contribuição para a economia do país, Hugo Nosoline Vieira,
respondeu que o objectivo do governo é de transformar aquela infraestrutura num
polo de desenvolvimento de pesca e de um ponto de exportação do pescado, onde
será feita a inspeção e observância higiênicas para o pescado ser consumido em
qualquer parte do mundo.
“Foi por isso que o governo
procurou parceiros de forma a lhe apoiar a atingir o referido performance
aceitável nos países da União Europeia”, disse.
Aquele responsável salientou
que se conseguirem certificar o Porto de Bissau, o país sairá a ganhar porque
vai ter a capacidade de passar a transformar o seu pescado internamente em vez
de continuar a vendê-los em bruto.
Hugo Nosoline Vieira
sublinhou que durante as obras da primeira fase houve certas falhas no projecto
e que serão objecto de correção na segunda etapa.
“Durante a segunda fase os
técnicos chineses vão construir um
sistema ante erosão e que permitirá conservar todas as infraestruturas do
Porto. Propomos ainda a colocação de escadas em todas as zonas do Porto para o
desembarque de pescado para facilitar os pescadores”, disse.
Informou que o Porto vai
ainda ser dotado de um quebra- mar( diques de proteção de navios), e um pontão
flutuante de 50 metros de cumprimento, de forma a facilitar as pirogas que não
têm espaço para encostar no Cais para descarregamento do pescado.
“ A referida Ponte Flutuante
não servirá apenas aos pescadores, mas sim as embarcações de turistas que já
não têm que esperar por maré alta para atracar”, frisou.
A primeira fase do Porto de
Pesca de Alto Bandim foi financiada pelo Banco Africano de Desenvolvimento, no
valor de quatro milhões de dólares e compreende a construção de um cais, talho
de venda de peixe e edifício administrativo. ANG/ÂC/SG
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