quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Pescas/Infraestrutura



“Construção da segunda fase do Porto de Pescas de Bandim arranca em Janeiro de 2018”, diz Director Administrativo

Bissau,08 Nov 17(ANG) – O Director Administrativo do Porto de Pesca de  Bandim, em Bissau, afirmou que as obras de construção da segunda fase do projecto pode arrancar em meados de Janeiro de 2018 se tudo correr como previsto.

Hugo Nosoline Vieira, em entrevista exclusiva à ANG, disse que o projecto custa 26 milhões de dólares e é um don do governo chinês, explicando que o acordo do financiamento já foi assinado há três meses e que se encontra na fase de prospecção.

“Desde a assinatura do acordo, três equipas técnicas chineses já estiveram no país. A primeira equipa veio apresentar o projecto de igual forma como foi solicitado pelo governo. 
A segunda fez o levantamento topográfico não só na terra como no mar, e nesta altura está uma equipa que está a fazer a prospecção geológica”, informou.

A referida prospecção geológica resultou em 24 furos em terra e mar e cujos solos serão analisados num laboratório como uma das condições premissas para ultimar o projecto.

“Se os resultados forem satisfatórios penso que daqui a meados de Janeiro de 2018 o projecto propriamente dito vai arrancar com construções. Antes disso,  será realizada uma visita  técnica de adopção do propjecto”, explicou.

Perguntado sobre o que se pode esperar do Porto de Pesca de Bissau em termos de contribuição para  a economia do país, Hugo Nosoline Vieira, respondeu que o objectivo do governo é de transformar aquela infraestrutura num polo de desenvolvimento de pesca e de um ponto de exportação do pescado, onde será feita a inspeção e observância higiênicas para o pescado ser consumido em qualquer parte do mundo.

“Foi por isso que o governo procurou parceiros de forma a lhe apoiar a atingir o referido performance aceitável nos países da União Europeia”, disse.

Aquele responsável salientou que se conseguirem certificar o Porto de Bissau, o país sairá a ganhar porque vai ter a capacidade de passar a transformar o seu pescado internamente em vez de continuar a vendê-los em bruto.

Hugo Nosoline Vieira sublinhou que durante as obras da primeira fase houve certas falhas no projecto e que serão objecto de correção na segunda etapa.

“Durante a segunda fase os técnicos chineses vão  construir um sistema ante erosão e que permitirá conservar todas as infraestruturas do Porto. Propomos ainda a colocação de escadas em todas as zonas do Porto para o desembarque de pescado para facilitar os pescadores”, disse.

Informou que o Porto vai ainda ser dotado de um quebra- mar( diques de proteção de navios), e um pontão flutuante de 50 metros de cumprimento, de forma a facilitar as pirogas que não têm espaço para encostar no Cais para descarregamento do pescado.

“ A referida Ponte Flutuante não servirá apenas aos pescadores, mas sim as embarcações de turistas que já não têm que esperar por maré alta para atracar”, frisou.

A primeira fase do Porto de Pesca de Alto Bandim foi financiada pelo Banco Africano de Desenvolvimento, no valor de quatro milhões de dólares e compreende a construção de um cais, talho de venda de peixe e edifício administrativo. ANG/ÂC/SG

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