Casos de diabete infantil aumenta na Guiné-Bissau e não há insulina
Bissau,09
Nov 17 (ANG) - A Guiné-Bissau tem vindo a registar “um aumento preocuoante” de
casos de crianças com diabetes, diz o médico chefe dos serviços dos cuidados
intensivos no hospital nacional Simão Mendes Mboma Sanca.
“A diabete
sempre existiu no mundo, mas não é normal atacar as crianças”,notou Mboma
Sanca,que chama atençao do Governo para a necessidade de se “criar rapidamente
uma resposta nacional”.
Segundo
Sanca, a Gunié-Bissau conta com programas de combate ao VIH/SIDA, Tuberculose
ou malária,mas não tem nada semelhante para lutar contra a diabetes que disse
estar a afectar “cada vez mais” os guineenses.
Mboma
Sanca acrescentou que “ a situçao é tão grave” pelo facto de a Guiné-Bissau não
possuir os medicamentos necessários para tratar doentes atingidos com a
diabetes do tipo 1 , tratados com a insulina.
“Na
Guiné-Bissau não temos insulina,porque,,como se sabe, não temos cá fábrica de
medicamentos e a insulina é um químico que precisa ser conservado numa
determinada temperatura ambiente”,notou o médico.
A maioria
dos casos é de diabetes tipo 1.
A
preocupação de Mboma Sanca aumenta perante o facto de as crianças com diabetes
serem quase todas atingidas com a variante 1 daquela doença,ou seja,as que só
podem ser tratadas com a insulina.
Para tentar
mudar a situação, o médico está em vias de criar uma associaçao,para já,com uma
assistência social guineense,que mora e trabalha na Suíça,também ela
diabética,com a finalidade de ajudar as crianças em Bissau.
A ideia é
criar uma Casa de Acolhimento de crianças com diabetes. A assistência social
recolheria dos apoios, máquinas de medir a glicémia,a insulina e outros
medicamentos na Suíça e o médico tratava das crianças em Bissau.
ANG/Lusa
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