Bissau, 16 Nov 17
(ANG) – A partida quarta-feira de um camião com 30 toneladas de batata-doce da
localidade de Bantandjan, na região de Bafata, para o Senegal marcou o início
oficial de exportação deste produto da Guiné-Bissau para o mundo fora.
O acto se realizou na
sequência da intervenção do Presidente da República, nomeadamente através da
concessão de crédito aos agricultores deste produto e prospecção do mercado
sub-regional para a sua comercialização, e foi testemunhado pelo próprio.
O ministro da
agricultura qualificou a ocasião de histórico para a revolução agrícola no
pais, e disse esperar que a partir de agora os agricultores possam começar a
beneficiar dos resultados dos seus trabalhos.
Recomendou-os
para se organizar, em associações ou
cooperativas.
Nicolau dos Santos
referiu que o governo prevê até o final da sua campanha da comercialização
exportar 100 mil toneladas de batata-doce e admitiu ultrapassar este número com
o uso de materiais modernos de produção, bem como sua transformação local
através de criação de pequenas unidades industriais.
“O começo desta nova
caminhada vai permitir atenuar ou reduzir a exploração de que eram alvos os
agricultores por parte dos comerciantes”, deplorou Nicolau dos Santos que
aconselhou aos agricultores a não aceitarem mais situações de géneros.
O governante disse
que o executivo está a trabalhar para a
mecanização da agricultura, por forma a elevar o nível de produção e,
assim, acabar com a forma empírica e tradicional como tem sido feito a
agricultura até aqui.
O ministro incentivou
aos 18 mil agricultores de batata-doce da região de Bafatá a redobrarem os
esforços por forma a duplicar ou triplicar a colheita prevista para este ano e
garantiu-lhes que tudo será aproveitado para a exportação, não só para Senegal
como para os mercados doutros países da
sub-região.
O Presidente da Câmara
do Comércio Indústria, Agricultura e Serviços, Braima Camará elogiou a aposta
do chefe de Estado na agricultura, como forma de projectar o
pais na senda do desenvolvimento, sobretudo pela disponibilização , do seu bolso, dos recursos
financeiros que permitiram a materialização da iniciativa de exportar a
batata-doce.
“Esta política e uma
inovação, uma revolução histórica na Guiné-Bissau, pois pela primeira vez vimos
um chefe de Estado preocupado com os agricultores a ponto de intervir com meios próprios para a resolução de um dos seus
grandes problemas: promoção de mercado ao nível internacional, para escoamento
dos seus produtos”, destacou Braima Camará.
Segundo o Presidente
da CCIAS, José Mário Vaz não só trouxe solução a problema com que os
agricultores se viam confrontados como contribuiu para a criação de mais
emprego jovem e, desta forma, ajudou na redução da pobreza.
Braima Camará disse
acreditar que, seguramente, no segundo mandato do Presidente Vaz, a
Guiné-Bissau irá recuperar o seu estatuto de pais exportador de produtos como,
arroz, mancara, banana e demais outros.
O Representante dos
Produtores de batata-doce da região de Bafatá, Almamu Faty e dos Régulos,
Djarga Sanhá agradeceram ao Presidente pela ajuda prestada aos agricultores em
geral e aos produtores de Bafata em particular e prometera apoiar a sua
reeleição para que este possa concluir todos os seus projectos relacionados com
o sector agrícola. ANG/JAM/SG
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