SINDEPROF acusa governo de ser “mandante” dos insultos
proferidos pelo ministro do comércio contra
os docentes
Bissau, 07 Nov 17 (ANG) – O
Presidente do Sindicato Democrático dos Professores (SINDEPROF) acusou esta
terça-feira o governo de ser o mandante dos insultos proferidos pelo ministro
do comércio, Victor Mandinga aos professores da Guiné-Bissau.
Laureano Pereira da Costa
que falava em conferência de imprensa, em resposta as declarações do ministro
do Comércio, em Bafatá Oio recentemente, onde “afirmou que os professores
nacionais são incompetentes e não sabem nada sobre a matemática, física, português
e química”, disse que Victor Mandinga
não tem lição de moral para dar a ninguém.
Sustentou que,
se não foram criadas condições nem o laboratório de pesquisa e investigação para
os professores actualizarem conhecimentos e prestar melhor serviço ao bem-estar
da nação, a culpa não é dos docentes mas sim dos governantes.
Disse que o país possui
cerca de 12 mil professores, mas o ministro do comércio está a falar de
requisição civil, porque em São Tomé existe um número significante de desempregados
que pretende empregar aqui.
“ Para atingir o
desenvolvimento do milénio exige-se ter um ensino de qualidade com professores
qualificados e com condições, mas, infelizmente na Guiné-Bissau, o único
sistema de avaliação que está a funcionar é o de quantitativo não
qualificativo, “lamentou.
Explicou que cabe ao governo
se responsabilizar pela política educativa e que os professores têm a obrigação
de executar os planos de acção traçado pelo executivo.
Acrescentou que existem bons quadros afectos, tanto na função
pública como nas empresas privadas, graças aos professores.
“Se o ministério da Educação está mal organizado e
não tem rigor, a culpa não é dos docentes. Os professores não são corruptos,
delinquentes, drogados e muito menos pedófilos”, disse.
“Onde estão
os 600 quilogramas de cocaína apreendidos pela Polícia Judiciária,guardados no
cofre do tesouro público na era em que Victor Mandinga foi ministro das Finanças,
e que sumiram sem deixar rastos ?”, perguntou.
Laureano da Costa
acrescentou que um individuo com essa postura não podia governar, mas infelizmente
está no elenco governativo.
Convidou o ministro do comércio
a demitir-se “porque não só feriu os professores mas também toda a sociedade”.
Costa garantiu que a greve
de 15 dias está em pé, em causa está o incumprimento do memorando por parte do
executivo e que os professores estão
firmes na sua decisão até que haja uma solução viável.
ANG/JD/SG
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