Bissau,10 Nov 17 (ANG) – A crise política no país que dura há dois anos,
impede a ratificação do Acordo de Paris sobre o clima na Guiné-Bissau, diz esta
quinta-feira, Viriato Cassamá, diretor-geral do Ambiente, em declarações a DW África
Em Dezembro de 2015, na 21ª Conferência da (COP 21),em Paris, foi adotado
um novo acordo com o objectivo de fortalecer a resposta global à ameaça da
mudança climática e de reforçar a capacidade dos países para lidar com os
impactos dessas mudanças, mas até agora a Guiné-Bissau não ratificou este
documento.
Segundo Viriato Cassamá, a ratificação do acordo depende do fim do
impasse político no parlamento.
“O bloqueio no parlamento é que impede a ratificação
do documento, porque a Assembleia Nacional Popular (ANP) é o órgão de soberania
competente para ratificar todos os acordos internacionais assinados pela Guiné-Bissau”,
declarou o diretor-geral de Ambiente.
O Acordo de Paris foi aprovado por 195 países, e é parte
da convenção quadro das Nações Unidas sobre o clima (UNFCCC) para reduzir emissões
de gases de efeito de estufa (GEE) no contexto do desenvolvimento sustentável.
Perante este facto, o diretor-geral do ambiente revela
que a Guiné-Bissau já despõe de um plano nacional, onde elencou o sector da
agricultura e gestão da água como sectores prioritários para combater as
alterações climáticas.
“O país elaborou sua contribuição nacional que
serviu de suporte para assinatura do acordo de Paris, neste sentido está em
curso a elaboração do nosso plano de adaptação nacional às alterações climáticas
em que vamos tornar as nossas políticas mais resilientes aos efeitos das
alterações do clima, como também alguns equipamentos estratégicos da
Guiné-Bissau”, referiu ainda Cassamá.
Para além da elaboração do plano nacional contra
alterações do clima, a Guiné-Bissau, segundo Cassamá, precisa ter quadros
técnicos para fazer face a esses efeitos das alterações climáticas.
Para Cassamá, o país tem que conhecer na realidade as
suas vulnerabilidades com base nas informações cientificas.
O compromisso ocorre no sentido de manter o aumento
da temperatura média global em menos de 2ºC acima dos níveis pré-industriais e
de envidar esforços pata limitar o aumento da temperatura à 1,5º C acima dos níveis
pré-industriais.
ANG/R.Jovem
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