Pescadores
de Bubaque denunciam descriminação e cobranças excessivas de taxas
Bubaque, 20 nov 17 (ANG) –
Os pescadores do sector de Bubaque queixaram ao Presidente da República de
actos de discriminação de que são alvos em relação aos turistas no exercício
das suas actividades.
Imagem Ilustrativo |
Segundo o pescador José da
Silva, que falava num encontro com o chefe de Estado, a pedido da Associação
dos Pescadores e Mulheres “Bideiras”, os nacionais são proibidos de pescar nas zonas declaradas Parques Naturais, enquanto
os turistas estrageiros o fazem sem qualquer problema e mediante pagamento de
10 mil francos CFA por individuo.
“Caso um pescador nacional for
apanhado a multa que se aplica é de 750 mil Francos CFA”, ilustrou este
pescador que acrescenta que os motores fora de bordo das botes utilizadas pelos
turistas são dez vezes mais barulhentas que os das embarcações dos homens de
faina.
José da Silva, que reconhece
a necessidade da existência dos referidos parques naturais para o bem do
ecossistema marinho, questionou no entanto das contrapartidas que a população
local deve beneficiar.
De acordo com ele, a área em
que podem exercer suas actividades são exíguas em relação ao montante que pagam
para as licenças de pesca, 260 mil francos, de navegação , além dos 1000 fcfa
que lhes são exigidos diariamente pelo Instituto Marítimo para poderem ir
pescar.
“Pedimos a intervenção do
Presidente da República para que o peixe possa chegar ao mercado à um preço razoável”, disse José da Silva que
solicitou ainda uma câmara de produção de gelo para conservação do pescado em Bubaque.
Em resposta, José Mário Vaz
prometeu instalar um contentor frigorífico dentro de 30 dias para apoiar os
pescadores e mulheres “bideiras” em Bubaque.
O Chefe de Estado disse que
nas próximas semanas o Ministério da Agricultura vai enviar técnicos para
identificar o local onde deverá ser instalada a referida câmara e aconselhou aos
futuros beneficiários para nomearem quem vai administrá-la, o responsável para
a manutenção e um outro ligado a comercialização.
O Presidente da República
reconheceu que existem muitas dificuldades no sector da pesca artesanal mas
prometeu que o Estado vai criar condições necessárias para que possam exercer
melhor as suas actividades.
“O meu desejo é de a
população ter acesso ao pescado num
preço razoável”, manifestou José Mário Vaz que prometeu voltar-se à
problemática do mar assim que terminar o
projecto “Mon na Lama”. “Depois de concluído este projecto será a vez de “Mon
na Iagu”, disse.
ANG/JAM/SG
Sem comentários:
Enviar um comentário