quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Migração/Líbia

Empresária Karina Tavares apela mobilização de guineenses para resgatar conterrâneos na Líbia


Bissau,29 Nov 17(ANG) - A empresária guineense no domínio de imobiliário, Karina Tavares, apelou aos guineenses e às autoridades nacionais a se mobilizarem para o resgate dos conterrâneos que se encontram na Líbia no Centro de Ajuda e nos campos de traficantes. 

Segundo o Jornal O Democrata, Karina Tavares, que reside e trabalha a partir do Senegal, disse que os contatos encetados com as autoridades guineenses para o envio de avião fracassaram de forma “humilhante”.

Justificou a sua presenca de momento na Líbia com a sua sua vida empresarial privada, ao lado de um grupo de amigos nigerianos para desenvolver seus negócios. 

Contudo, sublinha que se envolveu no processo de tentativa de retorno dos guineenses ao seu país de origem, quando soube por um guineense na Líbia, que havia outros no Centro de Ajuda e nos Campos de Traficantes a espera de resgate e repatriação.

Segundo avançou a O Democrata, o número dos guineenses já identificados estima-se em 66 (sessenta e seis) a deriva com a situação de escravatura, decorrente da crise sócio-política naquele país africano que se agudizou com a morte de Muammar Al-Gaddafi, em 2011. 
  
Deste número, conta que 44 (homens, mulheres e crianças) possuem documentos oficiais da Guiné-Bissau, e os restantes também exibem peças de identificação senegalesa e gambiana.
  
Aparentemente revoltada com as autoridades do país, Tavares sublinha que decidiu envolver-se no assunto, porque julgou que pudesse, com o engajamento do Estado guineense, fazer algo e ajudar os conterrâneos a se retornarem a salvos à Guiné-Bissau.

A empresária revelou que tinha conseguido toda a documentação ligada ao resgate dos guineenses, através dos contatos que efetuou internamente com os amigos nigerianos na Líbia.

“Eu disse aos meus amigos que, francamente, estava com muita vontade, desde que estivessem dispostos em me ajudar com os documentos, de resgatar os meus conterrâneos, e que o Governo do meu país deveria estar a diligenciar-se para mandar avião para transportar meus conterrâneos da Líbia para Bissau. Mas em nada resultou!”, Explica.

“Depois dos contatos fracassarem informei alguns conterrâneos na Líbia que me retiraria da inciativa e prosseguir o meu negócio, porque o executivo guineense não está interessado no seu resgate. Mas essa decisão caiu como uma bomba, alguns até não resistiram, choraram”, explica.

Assim, exortou às autoridades do país a redobrarem esforços, e aos cidadaos exortou-os a lançarem apelos nas redes sociais, por telefone ou por qualquer outro meio para facilitar comunicação e contatos para o resgate e repatriamento dos guineenses na Líbia.
ANG/O Democrata

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