Covid-19/ Guterres evoca “tarefa
fundamental” dos jornalistas durante a pandemia
Bissau,
04 mai 20 (ANG) - O secretário-geral da ONU, António Guterres, defendeu domingo
a “tarefa fundamental” dos jornalistas no combate à pandemia da covid-19 e
exigiu aos governos a garantia de que estes profissionais
possam fazer o seu trabalho em plena liberdade.
“À
medida que a pandemia evolui, há uma segunda pandemia, a da desinformação, que
vai desde conselhos de saúde prejudiciais até teorias conspirativas
disparatadas. A imprensa dá-nos o antídoto: notícias e análises verificadas,
científicas e baseadas na realidade”, afirmou António Guterres, numa
mensagem para assinalar o Dia Mundial de Liberdade de Imprensa, que hoje se
comemora.
O
antigo primeiro-ministro português lamentou, no entanto, que desde o início da
crise sanitária muitos jornalistas estejam a ser “objecto de restrições e
punições maiores, apenas por exercerem o seu trabalho”.
“As
restrições temporais à liberdade de circulação são essenciais para vencer a
covid-19. Contudo, não se deve abusar delas para reprimir a capacidade dos
jornalistas trabalharem”, frisou.
António
Guterres insistiu que os cidadãos necessitam dos meios de comunicação social
para poderem tomar decisões informadas, que, no atual contexto, podem fazer a
diferença “entre a vida e a morte”.
A nível
global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia
da covid-19 já provocou mais de 243 mil mortos e infectou mais de 3,4
milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de
um milhão de doentes foram considerados curados.
Em
Portugal, morreram 1.043 pessoas das 25.282 confirmadas como infetadas, havendo
1.689 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A
covid-19, uma doença respiratória aguda, é transmitida por um novo
coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da
China.ANG/Inforpress/Lusa
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